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Homem que confessou matar mulher trans com “mata-leão” é preso  na Bahia 

Suspeito confessou o crime e teve a prisão preventiva decretada após ser indiciado por feminicídio.
10/12/2025 22:33
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(foto: Redes Sociais)

Sérgio Henrique teve a prisão preventiva decretada por feminicídio.

A comunidade LGBTQIA+ do oeste baiano amanheceu com um misto de alívio e tristeza nesta quarta-feira (10). Foi decretada a prisão preventiva de Sérgio Henrique, homem que confessou ter tirado a vida de Ryana Alves, uma mulher trans de apenas 18 anos, no último domingo (7). Ele relatou à polícia que usou um “mata-leão” para estrangulá-la. O crime deixou familiares, amigas e toda a população trans da região profundamente abaladas. A morte de Ryana se soma à dolorosa estatística de violência contra pessoas trans no Brasil.

Sérgio Henrique, que atuava como motorista de aplicativo e também trabalhava em um lava-jato em Barreiras, levou o corpo de Ryana até a Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães, onde contou o que havia ocorrido. Mesmo tendo se apresentado espontaneamente e permanecido inicialmente em liberdade, as investigações avançaram rapidamente.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi preso nesta quarta-feira (10) no município de Serrinha, após ser indiciado por feminicídio. A tipificação reforça o reconhecimento de que mulheres trans são mulheres e merecem proteção integral da lei. O inquérito policial já foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário.

O delegado Leonardo Mendes Júnior, coordenador regional de Barreiras, destacou que a prisão preventiva foi essencial para garantir a segurança da sociedade. Ele afirmou que novos elementos da investigação reforçaram a necessidade de retirar o acusado do convívio social.

A ação contou com equipes da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), do Grupo de Apoio Tático e Técnico à Investigação (GATTI/Serrinha) e do Núcleo de Homicídios da Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães.

Vidas Trans Importam

Ryana Alves tinha apenas 18 anos e carregava sonhos que foram interrompidos de forma brutal. Sua morte reforça a urgência de combater a transfobia, que ainda coloca o Brasil entre os países que mais matam pessoas trans. Para muitas pessoas da comunidade, a prisão de Sérgio representa um passo em direção à justiça, mas o luto e a indignação permanecem.

Apoio e acolhimento

Pessoas trans e LGBTQIA+ que se sentem vulneráveis podem buscar apoio em coletivos locaisorganizações de direitos humanos e redes de acolhimento. Cada vida importa, e ninguém deve enfrentar medo ou violência sozinho.

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