Um professor de Kentuchy, nos Estados Unidos, afirma que foi demitido da escola em que trabalhava após se assumir bissexual. O motivo pelo qual decidiu sair do armário seria para salvar uma aluna lésbica que ameaçou cometer suicídio.
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De acordo com o USA Today, Nicholas Breiner usou o Instagram para fazer a revelação. O educador teria tido a atitude para proteger a menina, antes mesmo de abrir a sexualidade para sua família.
Breiner conta, entretanto, que três dias após o post, foi orientado pelo diretor da instituição que guardasse suas preferências sexuais em sigilo. Algumas semanas depois, ele seria informado que o seu contrato não seria renovado.
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Breiner entrou com uma ação federal contra as escolas do Condado de Montgomery, mas a ação foi rejeitada no mês passado, alegando que os EUA não têm uma lei federal que proíba a discriminação contra os LGBT. Ele está apelando da decisão.
“Recebi uma mensagem frenética de outro aluno que acabara de receber a nota de suicídio dessa jovem. Eu corri para a casa dela com a polícia e, felizmente, chegamos a ela a tempo”, contou.
Professor explicou como decidiu assumir bissexualidade
No texto apontado como o responsável pela sua demissão, o professor explicou como chegou a decisão. “Eu não pude deixar de me perguntar quantos alunos eu tive que estavam em uma situação semelhante àquela estudante; sentindo-se completamente sozinha e se aproximando dessa decisão irreversível.”
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“Se ela soubesse muito antes que eu, uma professora que ela gostasse e tivesse um bom relacionamento, soubesse exatamente o que ela estava sentindo, ela teria chegado a esse ponto?“, questionou.
“É impossível saber, mas, com a possibilidade de salvar uma única vida, não posso mais permanecer eticamente no armário. Eu precisava valorizar a segurança e o bem-estar de meus alunos com minha própria privacidade.”, relatou.
Desde que saiu como bissexual, Breiner disse que interveio para ajudar 17 jovens considerando suicídio – muitos dos quais estavam lutando com sua sexualidade.