O distanciamento entre o humor e a liberdade de expressão é algo que sempre a causa discórdia. Acerca deste assunto, Fábio discorreu um pouco sobre os limites das piadas.
Em entrevista para a revista Quem, Fábio Porchat afirmou que não há assunto proibido, mas faz ressalvas: “Você pode fazer todo tipo de piada, vai do bom senso. Você não pode incitar o ódio, a violência, inventar uma coisa sobre outra pessoa. Esses são os ‘limites’ e ainda estamos aprendendo a lidar com eles”.
O ator acredita que o humorista precisa ficar atento para não envelhecer. “Se você assiste um negócio de dez anos atrás, é mais difícil dar risada. Temos que ver como o mundo está caminhando e como poder brincar com isso, sem ofender ninguém. As pessoas falam: ‘Ah, mas eu não posso mais contar piada de gordo?’. Claro que pode, mas não do jeito que se fazia há 20 anos. Você não pode mais diminuir e humilhar as pessoas. Não pode fazer o gay virar chacota por ele ser gay” .
Contudo, na entrevista para a Quem, Fábio Porchat também fala do uso de palavrões em piadas. “É óbvio que quando você faz uma coisa bem feita e dá muita audiência é gostoso também. Mas sem apelação. Palavrão pode ser uma apelação. Quando o palavrão é piada, é apelativo. Quando o palavrão está inserido em uma piada, eu não acho que é. Se estou contando uma piada e ninguém ri, aí eu falo (o palavrão) e todo mundo cai na risada, isso não é inteligente”, diz.