A busca pela quebra do preconceito torna-se cada vez mais frequente e já se espalhou por diversos âmbitos. Agora é a vez do estádio ficar mais colorido.
Munidos por um intento nobre de minimizar discriminações, um grupo de colorados assíduos nos jogos do Beira-Rio, decidiu fundar o Coloridos. A ideia do movimento é justamente trazer a representatividade para onde ainda é perceptível o preconceito. “Sinto todas as vezes que os cantos homofóbicos são cantados”, diz o presidente da iniciativa, Thiago Vargas.
Segundo Radiogrenal, por receio de ser agredido fisicamente, o torcedor, que frequenta o estádio há 13 anos, disse nunca poder agir naturalmente durante as partidas. “Sempre me escondi atrás de uma passabilidade hétero”. A passabilidade é um termo utilizado quando uma pessoa “se passa por” algo que ela não é.
As lideranças da iniciativa ainda não contataram a diretoria do Internacional. “Queremos primeiro ver e mostrar o nosso impacto enquanto torcida”, afirmou o presidente. Ele explicou que a intenção é que o movimento evolua para uma torcida organizada: “Essa é a nossa meta. Começarmos quietinhos, torcendo no nosso canto e fazermos uma organizada”.
Coligay
A torcida gremista Coligay foi pioneira no Rio Grande do Sul, como movimento homossexual ligado ao futebol. Uma das inspirações para a criação da Coloridos, ela esteve presente no estádio nas décadas 1970 e 1980.