Felipa Brunelli logrou-se como a primeira travesti a entrar pela porta da frente da Penitenciária semana passada. Felipa é assessora de Políticas Públicas LGBT em Araraquara. Assim, o intento da visita de Felipa é discutir questões direcionadas à demanda de LGBTs encarcerados.
Vale frisar que, em recente reportagem, foi constatada a rotina de segregação de LGBTs na prisão, e frequentes situações vexaminosas que são submetidos.
“Foi uma experiência muito importante, onde pudemos falar sobre saúde e outros assuntos. Foram três dias de atendimentos. Penso que é um avanço perto da realidade que estas pessoas enfrentam no sistema penitenciário”, diz ela.
Dentro de um recinto de aproximadamente 1,6 mil detentos, Felipa calcula que, na Penitenciária de Araraquara, existam cerca de 10 travestis e incontáveis homens gays. “Fizemos um primeiro contato, falamos sobre saúde e ouvimos as histórias”, diz.
Diante desta realidade, será desenvolvido projetos para um colóquio constante, cujo objetivo é tematizar questões como relacionamento abusivo e saúde mental.“Vamos fazer um projeto e apresentar para diretoria da penitenciária, que se apresentou muito solicita a este estreitamento de laços”. Finaliza.