O Canadá se posicionou a favor do ingresso de pessoas transgêneros dentro do serviço militar do país, em contrapartida da decisão anunciada pelo presidente Donald Trump, nesta quarta-feira (26) de proibir a inclusão de trans nas Forças Armadas dos Estados Unidos.
O Exército do Canadá usou o Twitter para divulgar que eles “aceitam canadenses de todas as orientações sexuais e identidades de gênero”. Junto com a nota, eles postaram uma imagem da banda oficial da Marinha durante a Parada do Orgulho LGBT de Toronto. A ação foi vista como uma resposta direta à proibição de Trump – que reverte o acolhimento de pessoas trans feito por seu antecessor, Barack Obama, no ano passado. Ainda não se sabe quando as medidas entrarão em vigor.
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A proibição de Trump foi feita baseada nos supostos custos médicos que indivíduos trans causam ao Exército, e se aplica a todos os níveis de atuação. O argumento do presidente foi de que “o Exército deve estar concentrado em vitórias decisivas e esmagadoras e que não pode ser prejudicado com gastos médicos e transtornos tremendos que transgêneros no Exército representariam”. Estima-se que existam 2.500 militares trans nos EUA, em um efetivo de US$1,3 milhão.
Entretanto, a própria Associação Médica Americana afirmou que esse aumento de custo equivale a algo entre 0,01% e 0,13% no que já é destinado às Forças Armadas, e que não há qualquer razão médica válida para que pessoas trans não possam atuar como militares. A nota oficial da organização conclui: “Indivíduos transgêneros estão servindo seu país com honra, e eles deveriam ter permissão para continuar fazendo isso (…) Nós deveríamos estar honrando seus serviços – não tentando encerrá-los”.
We welcome Cdns of all sexual orientations and gender identities. Join us! #DiversityIsOurStrength #ForcesJobs https://t.co/572KahN2Zh pic.twitter.com/9In7HR4Utj
— Canadian Forces (@CanadianForces) 26 de julho de 2017