Diversas organizações islamistas na Indonésia convocaram um boicote à rede de cafés e outras bebidas Starbucks, na última terça-feira (1º). O motivo é a acusação de que a empresa defende a comunidade LGBT, já que foram criadas campanhas em prol dessa população mais de uma vez.
As campanhas da Starbucks promovem a aceitação de lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais e travestis a nível mundial, sem distinção de países. Isso é considerado ofensivo por grupos extremistas, incluindo alguns na Malásia, vizinho oriental da Indonésia que também possui uma população majoritariamente muçulmana.
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O chefe do Departamento de Assuntos Econômicos do Muhammadiyah, Anwar Abbas, contou para a AFP que acha a atitude justificável. “É hora de o governo indonésio considerar revogar a licença da Starbucks na Indonésia na medida em que a ideologia, o negócio e a visão são contrários a nossa ideologia”, explicou ele.
O boicote segue o exemplo da Malásia, onde a homossexualidade é criminalizada, e onde o movimento ultraconservador Pribumi Perkasa Malaysia fez o mesmo pedido no último final de semana, pelas mesmas razões. Não só ao Starbucks, aliás, mas foi pedido ao governo que examinasse a permissão comercial de qualquer empresa que apoie o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Se o governo atender ao pedido, eles teriam que se despedir de muito mais redes do que imaginam.