O ex-deputado Jean Wyllys continua se envolvendo intensamente na política. Recentemente, através de seu blog, discorreu sobre a decisão de Gianecchini de falar sobre sua sexualidade. Desta vez, Jean escreveu uma carta aberta para ex-presidente Dilma Rousseff , ressaltando todo o papel representativo que ela teve, como a primeira mulher a ocupar este cargo.
“Meu coração simultaneamente apertou e acelerou quando li a notícia de que um delegado da Polícia Federal, aliado do ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro, pediu sua prisão“, começa.
“Dilma, não sei se você sabe, mas, naquela noite em que teve início o golpe disfarçado de processo de impeachment, logo depois de dedicar seu voto ao torturador Brilhante Ustra (o covarde que quebrou com um soco o maxilar daquela menina da foto que é você), Bolsonaro me xingou de “queima-rosca” e me disse “tchau, querida”, numa referência à frase que o Lula lhe disse na conversa grampeada ilegalmente por Sergio Moro e divulgada pela Globo”, continua.
“A misoginia e a homofobia – males gêmeos – exigiram-me uma reação naquele momento. Além delas, a memória dos mortos sob as torturas perpetradas pela ditadura militar“, ressalta.
“Eu cuspi na cara dele (Bolsonaro) por você, Dilma. Por nós. E, por tudo isso, mas principalmente por você, a quem poderia chamar de “minha mãe”, mas chamo de “minha amiga”, eu lhe peço nesta carta aberta: Tenha cuidado, amada! Os fascistas ressentidos de ontem e de hoje não toleram o que você representa, presidenta“, finaliza.