Após ser rejeitada pelo pai, travesti moradora de rua quer dignidade

Bandeira do Orgulho Trans.
Bandeira do Orgulho Trans.

A travesti que foi registrada com o nome de Luiz Rodrigo de Noronha foi vista na Praça Nossa Senhora do Amparo, em Cascadura, Zona Norte do Rio, pela equipe do Extra, que resolveu fazer uma entrevista com ela. Hoje com o nome de Carmem, ela revela que não quer ser digna de pena.

“Eu não quero nada por caridade, por pena de mim. Quer me dar alguma coisa? Me dê um emprego para eu ter de volta a minha dignidade, como já dizia a minha mãe“, diz ela.

“Você tem que se amar, cuidar de si mesma. Não importa se você está na rua ou em qualquer outro lugar. Quero me virar por minha própria conta. Isso aqui não é um exibicionismo para as pessoas verem e tirarem fotos. Só tento oferecer o melhor para mim, o que está ao meu alcance. Não sou infeliz. Não sofro por esperar minha quentinha chegar ou por precisar de uma ajuda”— diz a travesti.

“Abrigos de prefeitura, em qualquer lugar, são um descaso, mal cuidados. Lá, eu não sei o que vou encontrar. Não é todo mundo que sabe lidar com homossexuais, então eu prefiro ficar na rua. Não sei o que vou encontrar lá (no abrigo), é briga toda hora. De repente você está dormindo, e alguém pode tentar abusar de você”, denuncia.

Além do mais, a coordenadoria Especial da Diversidade Sexual preceituou, através de um posicionamento solene, que convidou Carmem para fazer parte do programa projeto Trans+Respeito. O intento é especializar pessoas trans para a inserção no mercado de trabalho.

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