Um livro com temática LGBT pertencente à escritora Paula Chiodo foi desclassificado da categoria Letras/Literatura do Prêmio Elisabete Anderle, da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O livro, intitulado ‘Tateia’, acabou levando a opinião dos avaliadores aos extremos: um deu nota máxima e o outro deu zero. A obra em questão versa sobre a história de duas mulheres que se amam e foi etiquetada como precária.
“Promoção imatura de um ufanismo identitário, o projeto mostra não ser um fim em si mesmo, mas sim um instrumento de sustentação dos objetivos sociais dos proponentes. Não vale o investimento de 40 mil reais”, diz um dos críticos.
Segundo a Fundação Catarinense de Cultura, os avaliadores são sérios e possuem amplo conhecimento e total capacidade de analisar as obras expostas.“Sendo assim, é possível que um mesmo projeto seja descrito positivamente por um ou mais avaliadores, mas negativamente por outro, como foi o caso do livro mencionado, avaliado positivamente por um membro da Comissão Autônoma de Seleção (CAS) e negativamente por dois, daí a desclassificação”.
“Qualidade dos textos deixou a desejar”. “Não cabe, então, dizer que houve veto, uma vez que os avaliadores não vetam, mas apenas avaliam os projetos, e o resultado final é a média dessas avaliações”, alega a Fundação (FCC).
Contudo, a escritora Paulo Chiodo resolveu se manifestar. “Sinto que não houve uma avaliação profissional. Ninguém é obrigado a gostar do que escrevo, mas a partir do momento que você é jurado, precisa avaliar tecnicamente conteúdo e proposta. E isso não aconteceu”, disse ela, conforme pontua o NSC Total.