Sempre dividindo opiniões, o MST é um movimento social no Brasil que tem foco em dar aparato para trabalhadores do campo. Elogiado por cantores como Caetano Veloso é sempre motivo de controvérsia, assim como as ocupações de terra.
Desse modo, o setor de Gênero e LGBT do MST pretende ampliar os seus espaços, trazendo este ano o primeiro encontro de mulheres. “Como todas as mulheres, uma mulher assentada não só cuida das questões domésticas. E, na produção de alimentos, muita coisa mudou porque a gente não mais só planta, mas também tem a questão do beneficiamento dos alimentos, da venda nas feiras“.
“Estamos nesses espaços assim como os homens e avaliamos como está a nossa vivência nesses espaços”, diz a dirigente nacional Maria Aparecida Pereira da Silva.
“Começamos a nos auto-organizarmos para estar nesse espaço de fala. E vieram outras pautas, como as das crianças, que demandaram espaços distintos para serem cuidadas e entender o movimento onde os pais estavam se engajando. A gente começou a participar de reuniões de setor de gênero enquanto lésbicas, trans e bissexuais, entendendo as questões do patriarcado, do machismo e da saúde da mulher”, enfatiza a coordenadora Flávia Tereza da Silva.