Sempre muito autêntica e destemida, Geisy Arruda, em entrevista à Quem, falou sobre seu livro erótico, Desejo Proibido, e destacou os preconceitos que já sofreu e ainda sofre, sobretudo por ser uma mulher que não esconde os seus desejos.
“Tive uma desconstrução nos últimos dez anos absurda sobre a sexualidade. Eu tinha o mesmo comportamento de muitas mulheres que me criticam hoje. Fui criada nesta sociedade conservadora em que a mulher tem que se comportar, não pode transar no primeiro encontro porque o homem não vai valorizá-la, não pode mostrar que tem muita experiência na cama para o parceiro não achar que ela não tem valor por ter transado com muitos caras… É uma sociedade em que as mulheres têm que reprimir suas vontades para não serem chamadas de vulgares, que por sinal é uma palavra que eu odeio”, conta ela.
“Quando eu saía com homens, me preocupava tanto em dar prazer para eles que não conseguia ter o meu prazer. Já cheguei a fingir orgasmo para agradar parceiro, fingia gostar de algo enquanto estava odiando, aceitava parceiros que não faziam sexo oral. Pensava: ‘Ás vezes ele não gosta muito, então deixa que eu faço’. Agora levo como um insulto o cara que não faz sexo oral na mulher“, diz.
“Comecei a ser mais egoísta em relação a isso e me tocar durante as relações, fazer coisas que eu gostava, usar acessórios… Comecei a entrar nas relações não mais preocupada se eu estava gorda, magra, feia ou que tinha que fazer algo incrível. Passei a colocar a minha vagina em primeiro lugar”, pontua.