Aprender é bom

A possibilidade da linguagem neutra e inclusiva em ação

linguagem neutra e inclusiva é possível

A meta da campanha é obter R$ 12 mil por mês
A meta da campanha é obter R$ 12 mil por mês (Foto Ilustrativa)

Ariel Lovegood, pessoa não binárie, travesti, concedeu entrevista sobre a linguagem neutra e transfobia. Falou sobre a importância de neutralidade de gênero nas comunicações. Frisou que afeta as pessoas, independente de serem cisgêneres ou transgêneres. Explicou o impacto sobre a saúde das pessoas sistematicamente excluídas pela linguagem padrão. E demonstrou como o seu uso não é um combate à língua culta, mas sua evolução.

Como colocar em prática uma linguagem que não discrimine? O “Manual para o uso não sexista da linguagem”, publicado pelo governo do Rio Grande do Sul tem algumas sugestões.

Pronome masculino não é neutro.

Dizer “nunca se está contente com o transporte” é mais adequado que “os habitantes nunca estão contentes com o transporte”.

“Os paulistas economizam bastante” não é inclusivo. “Em São Paulo se economiza bastante” é.

Pronome masculino exclui as pessoas não masculinas.

Por mais que os gramáticos afirmem o contrário… “As gramáticas” concordariam? Pense com os exemplos abaixo.

“Forte é aquele que acredita”. Ou “Forte é quem acredita”. Qual de fato inclui todas as pessoas?

“Quando o homem não tem saúde tudo é mais difícil”. Para a mulher não faz diferença? Que tal “quando alguém não tem saúde tudo é mais difícil”?

Qual opção é não discriminatória? “Você deve defender os seus” ou “ocê deve defender sua gente”?

Dizer “uma minoria é premiada na loteria” não parece mais adequado que “poucos são os premiados na loteria”?

Preconceitos enraizados na fala

“Os nordestinos emigram prioritariamente às capitais, suas mulheres costumam ficar no povoado.” “No Nordeste os homens emigram majoritariamente às capitais. As mulheres costumam fi car na sua cidade ” Qual das duas frases é mais clara?

“Os estudantes não poderão receber visitas femininas nos dormitórios.” Esta frase implica que as estudantes podem receber visitas, masculinas e femininas. Mas “não se permitem visitas nos dormitórios” iguala eles e elas.

Substituições possíveis

Assessoria, não assessores.

Orientação, no lugar de orientadores

Chefia, substituindo chefe

Direção, melhor que o diretor

Poder judiciário, como opção a juízes

Outras sugestões

Como fazer com os pronomes? E as palavras terminadas em “-o” e “-a”?

Outra referência auxilia neste detalhe.

O pronome “Ile” é neutro. Não é ele. Não é ela. Cabe à pessoa referida identificar, se for o caso, o seu gênero.

As vogais “a” e “o” podem ser substituídas pela “e”. Amigues, todes, por exemplo. Símbolos que não têm pronúncia como @ e “X” são inúteis na comunicação verbal.

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