Campanhas de diagnóstico precoce de problemas de saúde existem ao longo do ano, assim como de incentivo a algumas ações:
Janeiro: saúde mental
Fevereiro: lupus / Alzheimer / fibromialgia / leucemias
Março: câncer colorretal
Abril: neurodivergência (autismo, TDAH)
Maio: hepatites
Junho: doação de sangue
Julho: câncer ósseo
Agosto: mês da amamentação
Setembro: mês da doação de órgãos
Outubro: câncer de mama
Novembro: câncer de próstata
Dezembro: câncer de pele / AIDS
As pessoas transvestegêneres são bem-vindas nestes momentos? São bem recebidas?
A experiência delas diz que não.
Artigos científicos dizem que não.
A tarefa de encontrar profissionais da medicina que atendam com correção pessoas trans é difícil. Muitas vezes funciona a recomendação; outras, uma cansativa lista de chamadas pelo celular ou por correio eletrônico ou por mídias sociais. Uma equipe de pesquisa encontrou 4 aplicativos que tentam organizar informações de modo a facilitar o encontro com especialistas adequados.
Outro time de pesquisa entrevistou 60 especialistas da ginecologia e obstetrícia. Menos de 1/3 se declararam dispostos a iniciar a prescrição de hormônios. Mas quase 2/3 estavam disponíveis para repetir a receita dada por outre médique.
Se uma especialidade vinculada à sexualidade e a um gênero socialmente desfavorecido tem limitações, como ficam as outras?
Como uma pessoa transmasculina vai se sentir confortável buscando clínica de ginecologia? Como a recepção da clínica vai recebê-la?
E uma pessoa transfeminina de 50 anos no consultório de urologia para conversar sobre câncer de próstata? O urologista (especialidade fortemente masculina – por que será?) pode até ser correto, simpático, cientificamente embasado. E a recepcionista ? (profissão fortemente feminina – por que será?)
Um aviso a profissionais que atendem pessoas trans: não basta você ser simpátique e humane. As outras pessoas que trabalham com você também devem. Você as instrui neste sentido? Um artigo anterior tem informações úteis para ajudar.