Algumas pessoas reconhecidamente ligadas a igrejas evangélicas têm atitudes claramente transfóbicas, homofóbicas, LGBTQIAP+fóbicas. Não toleram, não aceitam, afirmam ser pessoas moralmente más, desviadas da bondade de Deus, uma afronta a Ele. Uma postagem recente comentou sobre os efeitos reais destas atitudes.
Ser LGBTQIAP+ não é uma escolha, é destino. Acontece. Qualquer pessoa. Se pesquisa anterior estiver certa, a cada 100 pessoas de determinada igreja evangélica, ou paróquia católica, há 2 transvestegênere. Cristãos somam 80% das brasileiras. São 212 milhões no total, 197 milhões identificadas com a fé cristã. Ou 3,4 milhões de pessoas trans que se identificam como cristãs.
O impacto do preconceito de que todas as igrejas evangélicas sejam transfóbicas é imenso. Conheço diversas pessoas trans que se identificam com o modo evangélico de ser e viver. E que não são aceitas em suas comunidades. Ou ficam no armário, ou saem.
Mas é importante saber que o mundo evangélico tem muitas faces. Não há uma pessoa que fale em nome de todos os evangélicos. A bancada, erroneamente chamada de evangélica, no Congresso Nacional não fala pelos evangélicos. Não há nenhuma entidade que represente os 64 milhões.
Há igrejas que não rejeitam as pessoas LGBTQIAP+. Por exemplo, Aliança Batista do Brasil. Mesmo entre aquelas que oficialmente rejeitam, na prática acolhem. E não é incomum os estatutos e liderança rejeitarem, e as pessoas agirem diferentemente. Existem organizações que tem o objetivo de congregar, fora das igrejas. Veja evangelicxs.
Já foram mapeadas 7 posturas diferentes, desde o acolhimento completo até a completa rejeição. Ou seja, se você é chamade a participar de uma comunidade de fé católica ou evangélica, vai encontrar uma! Não deixe o preconceito minar sua saúde, nem física, nem psicológica, nem espiritual.