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Como saber se o hormônio comprado não é falso

Publicado em 21/03/2023


Falsificação de medicamentos é um problema antigo. Persiste apesar de toda a vigilância governamental e, supostamente, dos cuidados das farmácias nas compras de medicamentos.

Hormônios e transição

No processo de transição de gênero o uso de hormônios em quantidade acima daquela que o corpo está preparado para sintetizar é uma possibilidade. Pessoas nascidas com testículos não produzem estradiol em quantidade necessária para um corpo com características socialmente atribuídas ao feminino. Aquelas nascidas com ovários não produzem testosterona em quantidade necessária para um corpo com características socialmente atreladas ao masculino.

Não é a produção hormonal, ou a genitália, que determinam o gênero de uma pessoa. Nem sua orientação afetiva e sexual. Não é obrigatório que taxas hormonais estejam em determinados níveis para considerar alguém pertencendo a determinado gênero, ou a nenhum. Uso de hormônios é uma possibilidade, não um imperativo de gênero.

Os custos

Não bastassem os diversos problemas enfrentados pelas pessoas transvestegêneres, as masculinas que fazem uso de testosterona enfrentam novos. Há alguns meses, o laboratório EMS Sigma Pharma, fabricante da marca Deposteron®, aumentou, via medida judicial, o preço. A medicação chega ao consumo com aumento de aproximadamente 500%. Legal ou não, é uma majoração imoral, criminosa, sem justificativa plausível.

A situação complica muito quando o principal concorrente, Durateston®, chega às farmácias de modo irregular, inconstante. Frequentemente desaparece do mercado por meses, sem explicação convincente da empresa fabricante, Aspen Pharma. Antes as duas formulações de testosterona competiam no preço. A EMS decidiu não competir mais.

Hoje, o mercado tem duas apresentações de testosterona caras: undecilato de testosterona (genérico, dois similares e um de referência) e cipionato de testosterona (um de marca, da EMS). A opção econômica, uma mistura de cinco formulações de testosterona (um de marca, da Aspen), que não é encontrada facilmente. Dependendo da sua região, da oferta de farmácias, ou descontos, o cipionato é vendido entre R$200,00 e R$300,00 cada três ampolas (R$65,00 a R$100,00 cada). A dose usada pode ser mensal, a cada 20 dias, a cada 15 dias…conforme a necessidade individual. A este valor, acrescente-se os custos da aplicação na farmácia (na UBS não há custo). O undecilato vai de R$200,00 a R$600,00 por ampola (aplicada a cada 3 meses).

A decepção

Não sem razão as pessoas que necessitam do uso regular de testosterona (pessoas cis com deficiência – situação pouco comum; pessoas trans masculinas – situação comum) ficaram felizes ao encontrar, com maior facilidade, a Durateston®. Vendida, na dependência do já comentado, em torno de R$17,00 a ampola. Mas, segundo a ANVISA, três lotes com este nome comercial (54621, 53897 e 25355) são falsos. E é fácil saber: são vendidos como se fabricados pelo laboratório Schering-Plough. O laboratório correto é Aspen.

Não bastassem todas as dificuldades que as pessoas trans masculinas enfrentam nos cuidados de si, não é possível confiar em um argumento razoável. Se a farmácia tal vende, é legal. Se você comprou Durateston da Schering-Plough na sua drogaria de confiança, descobriu, da pior forma, que esta regra de confiança é falsa.

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