(foto: Redes Sociais)Sérgio Henrique teve a prisão preventiva decretada por feminicídio.
A comunidade LGBTQIA+ do oeste baiano amanheceu com um misto de alívio e tristeza nesta quarta-feira (10). Foi decretada a prisão preventiva de Sérgio Henrique, homem que confessou ter tirado a vida de Ryana Alves, uma mulher trans de apenas 18 anos, no último domingo (7). Ele relatou à polícia que usou um “mata-leão” para estrangulá-la. O crime deixou familiares, amigas e toda a população trans da região profundamente abaladas. A morte de Ryana se soma à dolorosa estatística de violência contra pessoas trans no Brasil.
Sérgio Henrique, que atuava como motorista de aplicativo e também trabalhava em um lava-jato em Barreiras, levou o corpo de Ryana até a Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães, onde contou o que havia ocorrido. Mesmo tendo se apresentado espontaneamente e permanecido inicialmente em liberdade, as investigações avançaram rapidamente.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi preso nesta quarta-feira (10) no município de Serrinha, após ser indiciado por feminicídio. A tipificação reforça o reconhecimento de que mulheres trans são mulheres e merecem proteção integral da lei. O inquérito policial já foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário.
O delegado Leonardo Mendes Júnior, coordenador regional de Barreiras, destacou que a prisão preventiva foi essencial para garantir a segurança da sociedade. Ele afirmou que novos elementos da investigação reforçaram a necessidade de retirar o acusado do convívio social.
A ação contou com equipes da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), do Grupo de Apoio Tático e Técnico à Investigação (GATTI/Serrinha) e do Núcleo de Homicídios da Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães.
Ryana Alves tinha apenas 18 anos e carregava sonhos que foram interrompidos de forma brutal. Sua morte reforça a urgência de combater a transfobia, que ainda coloca o Brasil entre os países que mais matam pessoas trans. Para muitas pessoas da comunidade, a prisão de Sérgio representa um passo em direção à justiça, mas o luto e a indignação permanecem.
Pessoas trans e LGBTQIA+ que se sentem vulneráveis podem buscar apoio em coletivos locais, organizações de direitos humanos e redes de acolhimento. Cada vida importa, e ninguém deve enfrentar medo ou violência sozinho.

