A fotografia, cuja história passou pela invenção e reinvenção ao longo dos anos, se torna cada vez mais acessível. Sua diversidade sempre teve um potencial libertador, seja no registro de momentos importantes ou um ensaio performático de expressão artística, o encantamento fotográfico é mágico e dá forma às emoções.
Fabio Lange, em entrevista ao Observatório G, contou que usa esta arte para registrar amores LGBT, já que foi vítima de homofobia por ser gay. Os desafios da vida não podem representar um empecilho para dar a volta por cima.
Me apaixonei por fotografia cedo, aos 13 anos e logo me vi trabalhando com isso. Porém, morando em uma cidade pequena e me descobrindo homossexual posso dizer que não foi fácil ter muita perspectiva de vida e de trabalho sem ter tido referências LGBT de uma vida feliz em ambos.
Agora com 25 anos e com mais recursos, surgiu o projeto Love Wins. A ideia do projeto surgiu da necessidade de retratar casais LGBTs pra mostrar para o mundo que existimos, que temos uma história pra contar e mostrar representatividade e referência no meio LGBT. Apesar das adversidades, há inícios, meios e fins felizes, opondo o que vemos na mídia sobre violência e homicídio de pessoas lgbtqia+ e nos poucos filmes, que geralmente acabam em um fim trágico. Eu estou realmente feliz também de perceber o quão genuíno é o amor de todes que entrevistei, o que geralmente não acontecia quando eu fotografava casais héteros, que muitas vezes estavam juntos por pressão familiar e social. O amor é pra ser livre, belo e digno.