Daniel Contro, diretor de uma escola de Santo André, na Grande São Paulo, está sendo acusado de homofobia após reunião realizada com pais de alunos no dia 3. O vereador Ricardo Alvarez (PSOL), de Santo André, na Grande São Paulo, e o deputado federal Ivan Valente (PSOL) apresentaram ao Ministério Público do estado de São Paulo (MP-SP) uma representação criminal contra ele.
Em uma nota oficial, enviada ao Observatório G, a escola Liceu Jardim se pronunciou e disse que repudia a discriminação, seja ela qual for, e o intento da escola é, sobretudo, evitar “ideologias que promovam a erotização precoce”. A nota não cita quais ideologias são essas. O diretor Daniel menciona identidade de gênero, mas não diz o motivo pelo qual a identidade de gênero promoveria uma suposta erotização infantil.
A nota enfatiza:
Conteúdos digitais impróprios compartilhados nos celulares das crianças,
– consumo de bebidas e cigarros, erotização e sexualização precoce, provavelmente adquiridos durante a quarentena,
– identidade de gênero, já nessa idade, sem conhecimento dos pais, buscando fazer uma breve análise histórica sobre a origem da ideologia e os diferentes cenários entre ocidente e oriente.
Reiteramos que o intuito da reunião foi, exclusivamente, alertar os pais sobre os conteúdos consumidos na internet, de forte impacto na formação das crianças que, nessa faixa etária, ainda não têm maturidade para lidar com tamanhos desafios. É nosso dever, como escola e famílias, buscar construir uma rede de proteção integral das nossas crianças diante do mar aberto da internet, diz.
Como instituição de ensino, ancoramos nosso ideário pedagógico em valores que incluem a tolerância e o respeito à diversidade de raça, crença, gênero e condição social. Sendo assim, reafirmamos aqui nosso respeito à pessoa e a sua liberdade de escolha – uma das mais sagradas conquistas da civilização, finaliza.