Durante bate-papo no podcast acompanhadas – patrocinado pelo Fatal Model, maior site de acompanhantes do Brasil – Dora Criadora, Drag Queen e cantora, conversou sobre os principais desafios de ser drag na sociedade atual e comentou sobre o hate que recebe por seu relacionamento poligâmico.
A convidada iniciou na carreira há 9 anos, sendo uma das pioneiras do mercado brasileiro. Começou no setor por conta da série RuPaul’s Drag Race, que exibe a competição mais colorida da televisão norte-americana. Para Dora, a profissão é caracterizada como uma expressão artística, um personagem montado.
“Quando entro em um carro com motorista, já tiro tudo, a peruca é a primeira coisa. É uma arte que pode ser feita por qualquer gênero: homens, mulheres, não bináries e outros”, pontua. Com a fala, ela acende o debate do preconceito existente acerca do gênero de atuação, uma vez que a sociedade não compreende que mulheres também podem se caracterizar de Drag.
A especialista ainda comenta sobre o uso incorreto do termo “se vestir de mulher”, já que reforça o estereótipo e o preconceito relacionado à sexualidade das Drags, que, na maioria das vezes, são relacionadas com homens gays.
A discussão se estende até a vida pessoal da convidada que, hoje, se considera bissexual e está em um relacionamento aberto com uma mulher. Dora Criadora ainda comenta sobre as duras críticas que recebe a respeito de sua relação pessoal, por não ser monogâmica, e aproveita o espaço para contar a diferença entre o poliamor e a relação aberta: “O poliamor até funciona com menos regras, porque é uma coisa livre. No meu caso, é uma exclusividade afetiva e não sexual”, complementa.