Cultura

Ilhados com a Sogra: Participação da Família Sassone levanta debate sobre acolhimento LGBT+

Em um caso em especial, da Família Sassone, a relação entre sogra e genro levantou uma questão importante para a comunidade LGBT+: o acolhimento familiar

ILHADOS COM A SOGRA. FERNANDA SOUZA (Hostess) in ILHADOS COM A SOGRA Season 1. Cr. Ricardo Carvalheiro/Netflix © 2023
ILHADOS COM A SOGRA. FERNANDA SOUZA (Hostess) in ILHADOS COM A SOGRA Season 1. Cr. Ricardo Carvalheiro/Netflix © 2023

É um reality em que você descobre só na hora que sua parceira de competição será sua sogra, mas Ilhados com a Sogra se mostrou muito mais do que apenas um programa com provas para definir o campeão. O grande trunfo do programa da Netflix, que está em primeiro lugar na lista de mais vistos da plataforma de streaming, é discutir relações pessoais.

Em um caso em especial, da Família Sassone, a relação entre sogra e genro levantou uma questão importante para a comunidade LGBT+: o acolhimento familiar. Isso ficou ainda mais evidente após o lançamento dos últimos quatro episódios, quando o assunto foi melhor discutido em uma das dinâmicas do programa.

“Socorro é uma mãe e uma sogra acolhedora. Precisamos falar sobre como o acolhimento familiar é importante e como faz muita diferença para pessoas LGBT+”, comentou o genro Felipe Carvalheiras.

O jeito mais reservado de Felipe e seu humor ácido chegou a ser criticado no início de Ilhados com a Sogra, mas com o passar dos episódios o público foi entendendo melhor a relação entre ele e Socorro. “Eles têm uma ótima relação. Ele é mal interpretado, mas quem o conhece sabe do humor dele. O carinho e respeito que ele tem por ela no dia a dia é enorme e não deixa dúvidas”, afirmou o filho Vini Sassone.

Em um dos momentos mais bonitos da participação da família no reality, no quinto episódio, em uma conversa com a apresentadora Fernanda Souza e a mediadora Shenia Karlsson, Felipe e Vinícius falaram de sua relação com a família. Após Vini contar sobre o acolhimento que teve em casa ao “sair do armário”, Carvalheira falou sobre sua relação com os pais que por questões religiosas tem dificuldade de aceitar a sexualidade do filho. Em um desabafo comovente falou sobre rejeição e a importância da ajuda de um especialista. “Não fosse a terapia eu provavelmente não estaria aqui. Foi a terapia que me salvou já que eu não tive a sorte que o Vini teve de ter uma mãe como a Socorro”, explicou arrancando um beijo da sogra.

“Eu sentia falta desse momento próximo que tivemos no programa. Ele também é um filho pra mim. Ele tinha aquela resistência. Eu e meu filho somos de carinho e ele aquele jeito mais na dele. Mas ninguém pode julgar porque não conhece a história dele”, afirmou Socorro.