Visibilidade

Invisibilidade lésbica no mercado de trabalho: todo mundo sai perdendo

A falta de representatividade dentro das organizações acarreta em diversos problemas

Beijo lésbico
Beijo lésbico (Reprodução/Internet)

Em 29 de agosto, dia da Visibilidade Lésbica, ocorreu o 1º SENALE (Seminário Nacional de Lésbicas), em 1996, que já conta com oito edições e hoje é o maior evento deliberativo de lésbicas e bissexuais do Brasil.

Segundo o levantamento “Representatividade, Diversidade e Percepção — Censo Multissetorial da Gestão Kairós 2022”, realizado com mais de 26 mil respondentes entre 2019 e 2021, lésbicas representam apenas 1% no quadro geral das empresas; mulheres bissexuais são 1,4%; mulheres heterossexuais são 29,5% e homens heterossexuais 64,8%. Quando o recorte é feito com relação às lideranças, o cenário é ainda pior.

A falta de representatividade dentro das organizações acarreta em diversos problemas. Ainda de acordo com o Censo Multissetorial da Gestão Kairós, 33% dos casos de discriminação e preconceito relatados pelas entrevistadas estão relacionados à diversidade sexual e de gênero, conforme pesquisa de Jenifer Zveiter – especialista em diversidade e inclusão na Condurú Consultoria, psicóloga clínica, educadora e orientadora profissional.

Para as organizações, o resultado é negativo e gera perda financeira. É o que indica a pesquisa realizada pela McKinsey & Co. no ano de 2020 em mais de 15 países e com um total de 1000 grandes empresas, os negócios com mais diversidade de gênero na liderança têm mais de 25% de chances de maior retorno financeiro do que as concorrentes; empresas com mais de 30% de mulheres nos cargos executivos da alta liderança são mais propensas a uma melhor performance de 10 a 30% do que empresas que não têm mulheres nesses cargos.

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