A sigla PcD significa Pessoa com Deficiência e é o termo mais indicado para se referir a esta condição. No mês do orgulho LGBT+, há um grupo que recebe pouca abordagem nas ações que abordam a diversidade: as das Pessoas Com Deficiência (PCD).
- De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018, 1 bilhão de pessoas possuíam algum tipo de deficiência, seja física, auditiva, visual, mental ou múltipla.
- No Brasil, o número fica em aproximadamente 45 milhões de pessoas, ou cerca de 24% da população, como indica o Censo de 2010 do IBGE. Em atualização no ano de 2018, o número caiu para 6,7% devido à alterações nos indicadores de dificuldades usados na mesma base de classificação.
- No mês passado, o IBGE divulgou um levantamento inédito com dados coletados em 2019. Os números indicam que há 2,9 mi de brasileiros com idade superior a 18 anos se autodeclaram como homossexuais ou bissexuais no país, o que equivale a 1,8% da população adulta brasileira. Entretanto, 3,4% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder ao questionário.
- Há outros levantamentos que indicam números diferentes. Um deles é do Brasil de Fato que estima que as pessoas LGBTQIA+ representam 10% da população do país.
- O Brasil implica vários tipos de violência à comunidade LGBTQIA+, sejam físicas, morais, verbais, patrimoniais, psicológicas, entre outras. Tal realidade o leva a ocupar o primeiro lugar na América Latina em quantidade de homicídios contra essas pessoas, segundo informações da Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA).
- Conforme dados da organização Grupo Gay da Bahia, contabiliza-se 1 morte a cada 19 horas, e em casos de agressões, esse tempo se reduz à 1 hora, aponta pesquisa com base nos dados do SUS.
- Além disso, o país é o que mais mata pessoas transexuais e travestis no mundo, como indica a Rede Trans Brasil, onde ocorre um assassinato a cada 26 horas, fazendo com que a expectativa de vida desse grupo seja de apenas 35 anos.
- De acordo com um levantamento do site Observatório G, pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIA+ e são PCD, sofrem mais preconceito na hora do sexo. Isso se dá por conta da procura do corpo ideal e pelo preconceito.
- Em 2015, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) oficializa o termo “Pessoa com Deficiência” como o mais adequado. Além disso, é estipulada pela LBI a pena de um a três anos de prisão para quem discriminar ou impedir os direitos e liberdades da PcD. Tal discriminação é chamada de “capacitismo” e se refere ao ato de considerar alguém incapaz devido a uma deficiência.
Dois embaixadores da Hand Talk, Léo Viturinno e Kitana Dreams, que falam abertamente sobre o tema.