Amanda Vieira, engenheira civil de 28 anos, passou por uma situação vexatória em uma loja de Belo Horizonte. A profissional foi confundida com um rapaz e teve o seu provador invadido pela funcionária, que teria seguido ordens do segurança.
Amanda denuncia, sobretudo, a invasão de privacidade, visto que com diálogo a situação poderia ter sido resolvida pacificamente. Ao BHAZ, Amanda, que também falou que é lésbica, conta que pegou uma calça para experimentar. Posteriormente, foi interpelada pela funcionária – “Moço, moço, onde você entrou?”, teria indagado.
“Eu não respondi, porque não achei que fosse comigo, não sou moço. Ela colocou o braço dentro do provador e abriu a cortina, enquanto eu estava sem roupa, e me disse; ‘o seu [provador] é do outro lado’. Perguntei por quê, e ela olhou para o meu rosto, meu corpo, viu que eu não era homem e pediu desculpas. Ela disse que um segurança me viu pela câmera e avisou que tinha um ‘homem’ entrando no provador feminino”, relata.
Outro lado:
A engenheira sentiu-se violada, justamente pela invasão descabida e pediu um pronunciamento para gerência do local. O gerente da loja, então, posicionou-se. “Isso é uma coisa que nunca aconteceu aqui na loja. A gente passa um treinamento para o pessoal falando sobre todos esses problemas, todas essas situações que acontecem. Vou conversar com os colaboradores, entender o que aconteceu. A gente já falou várias vezes sobre diversidade aqui na loja, é uma coisa que a Renner valoriza muito. O que posso fazer é conversar com o pessoal e advertir sobre essa situação”, diz o gerente.