O cinema é marcado por histórias sublimes e perturbadoras – aquela paixão fervorosa que traz medo e êxtase ao mesmo tempo. Aquele amor típico dos romances latinos: “quando não sangra não é amor. A bebida que não mata é só aperitivo”. Todos estes enredos quentes, dramáticos e românticos comumente retratam casais héteros. Aos poucos isso foi e segue mudando e essa discrepância vai diminuindo.
Mas tem um fator premente. Casais de mulheres quando aparecem na TV costumam causar sentimentos dúbios na sociedade, especialmente nos homens heterossexuais. – Recriminam, mas gostam de ver. Não à toa, estes casais sempre vão parar em sites pornô.
O mais importante, para além desta fetichização, é manifestar na TV e cinema histórias reais, romance do tipo humano, demasiado humano, no sentido de transmitir nas telas a natureza humana. Com brigas, inseguranças, mal o bem, abraços, troca, ciúme, em vez de performances malucas na cama, com mulheres tipo Miss Mundo se pegando.
Cenas
O beijo de Ilana (Mariana Lima) e Gabriela (Natália Lage) já estava entre os assuntos mais comentados das redes sociais bem antes de a cena de “Um Lugar ao Sol” ir ao ar. A cena foi às telas recentemente e ambas causaram no Twitter.
Exibida pelo SBT, a novela Amor e Revolução contou com um enredo político bem proeminente. Tendo como trilha sonora músicas de Chico Buarque, a arte trouxe à luz medo que permeou o período repressivo da ditadura. O casal emblemático para TV foi protagonizado pela médica Marcela (Luciana Vendramini) e por Marina (Giselle Tigre). As duas vivenciaram um romance complexo, mas com entrega.
Em 1963, Vida Alves também protagonizou o 1º beijo lésbico ao lado de sua parceira de cena Geórgia Gomide, exibido no teleteatro “A Calúnia“.
O folhetim Babilônia causou polêmica por meio do beijo entre Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg). A cena movimentou as redes sociais.
Verdades Secretas 2 pegou os fãs de surpresa e deixou a maioria deles chocados com o beijo de Giovanna (Agatha Moreira) e Angel (Camila Queiroz), já que ninguém esperava este desdobramento na novela.
Garotas Selvagens estreou no ano de 1998. Trama adolescente e, assim como Garota Infernal, reverberou por conta da pegada erótica. Na história, o professor Sam Lombardo (Matt Dillon) é acusado por uma das alunas, Kelly Van Ryan (Denise Richards) de estupro. A produção é marcada por uma cena icônica de beijo lésbico entre ela (Denise) e a colega de elenco Neve Campbell, que deu vida à Suzie.