Símbolo

Cintura Fina, ícone LGBT de BH será reconhecida como cidadã honorária

“Cintura foi resistência em uma sociedade conservadora, no país que mais mata pessoas trans no mundo, cuja expectativa de vida é de 35 anos”, afirma Iza Lourença

Travesti Cintura Fina será reconhecida como cidadã honorária de BH (Foto: Reprodução)
Travesti Cintura Fina será reconhecida como cidadã honorária de BH (Foto: Reprodução)

A travesti Cintura Fina, é um dos personagens mais marcantes da história da comunidade LGBTQIA+ de Belo Horizonte. Nesta sexta-feira (17), este ícone irá receber o título de cidadã honorária da capital mineira, em condições de post mortem.

O objetivo da ação criada por Iza Lourença (PSOL-BH), é resgatar as memórias de Cintura Fina, que foi uma das percussoras, da luta da população LGBT no município. “Cintura é parte da história da cidade, do seu desenvolvimento, e como tal deve ser conhecida. Essa é uma forma de honrar sua memória e de tantas mulheres trans e travestis que resistem nesta cidade. Vamos contar a verdadeira História de BH” , declara a vereadora.

Negra, pobre e órfã, a travesti cearense iniciou sua história em Belo Horizonte aos 20 anos de idade, lugar onde passou a maior parte de sua vida. Símbolo de bravura e resistência, Cintura Fina aprendeu a se defender da perseguição e transfobia que sofria utilizando uma navalha, devido a isso, a impressa passou a chama-la de “rei da navalha”.

“Cintura foi resistência em uma sociedade conservadora, no país que mais mata pessoas trans no mundo, cuja expectativa de vida é de 35 anos”, afirma Iza. No dia 18 de fevereiro de 1995, aos 62 anos, a travesti faleceu, deixando para as gerações futuras uma representatividade de luta.

Travesti Cintura Fina
Travesti Cintura Fina, faleceu em 18 de fevereiro de 1995 (Foto: Reprodução)
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