Alessandra Maestrini, em entrevista ao UOL, recordou alguns episódios sobre quando resolveu falar abertamente sobre a sexualidade em uma reportagem da Caras, em 2014. “Posso ser mais eu. Não tenho que perder tempo me desviando. A gente perde muita energia. Precisa dar uma entrevista e tem que ficar procurando pronome. Vira uma pessoa chata. Uma pessoa sem passado, sem história. Fica difícil dar opinião”, afirma.
[Antes de se assumir] Eu estava vestindo a camisa do opressor. Se eu não me assumo e prego um discurso ‘acho que eles têm que ser felizes’… Que hipocrisia! É como se eu dissesse, não tenho problema com você, mas seja escondido. O que quer dizer isso? Seja com vergonha, seja sem energia, seja sem se amar, seja sem se celebrar.
“Tenho orgulho absoluto de ser quem sou. Eu tomava essa postura porque tinha acreditado no mindset [mentalidade] de que ser assim é ser elegante, de não expor a intimidade? E não tem nada a ver com elegância. Para ser inteiro, você tem que poder ser. E se expressar não é se expor. Não sou um defeito por ser diferente do outro. [Se assumir] Foi maravilhoso para criar, para fazer os personagens com mais liberdade”, diz.
Em tempo – Ano passado, Alessandra falou sobre diversidade e representatividade. “Não há uma discussão mais profunda sobre a sexualidade da personagem. Ela é conhecida como Seu Rocha e todos a tratam assim. Ponto final. Ela é uma policial muito honesta e respeitada por todos. Mas é também uma cantora que brinca que, para cantar, precisa sair do armário, pois é soprano” – conta a atriz.