Conforme foi amplamente divulgado, uma menina de 11 anos está sendo mantida pela Justiça em um abrigo de Santa Catarina para evitar que faça um aborto autorizado. O vídeo reverberou bastante nas mídias sociais.
Por meio das redes sociais, Angélica resolveu trazer o tema à tona. Em um texto, a apresentadora disse tudo o que pensa acerca do tema.
No Brasil, algumas leis não pegam mesmo — especialmente aquelas que protegem as mulheres. Negar o aborto legal a uma menina de 11 anos grávida de um estuprador não é apenas uma afronta à justiça, é uma violência contra todas as mulheres brasileiras. Criança não é mãe, estuprador não é pai e o estado é laico.
Aborto
A palavra aborto é oriunda do latim ab-ortus que significa privação do nascimento, resultando na morte do produto da concepção (PIERANGELI, 2005, p.109). A sexualidade e o poder sobre os corpos femininos são pontos centrais no debate acerca do tema.
Nos Estados Unidos, o aborto é legalizado desde 1973, após o julgamento pela Suprema Corte americana do caso Roe v. Wade. A controvérsia sobre o aborto nos Estados Unidos, assim como no mundo todo, se estende até hoje e coloca em cheque “vida do feto versus autonomia reprodutiva da mulher”. Na época, vários grupos foram intimados à polarização no Pro-life e Pro-choice, respectivamente, “[…] pela Vida” e “[…] pelo Direito de Decidir”.
No Brasil o Aborto terapêutico (artigo 128, inciso I): É realizado quando não há outro meio de salvar a vida da gestante. Aborto sentimental e humanitário (artigo 128, inciso II). E o aborto é autorizado quando a gravidez é resultante de estupro.
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