O conceito de representatividade teve origem na democracia, que basicamente denota o ato de representar politicamente os interesses de determinado grupo. Noberto Bobbio, pensador italiano do século XX, também chegou a citar a ‘democracia representativa’. Isto é, existe um representante, que está à frente de algo, e um representado, que se sente ‘projetado’ naquela imagem por questão de identificação.
Posteriormente, movimentos identitários identificaram que existem pessoas que são menos representadas nos espaços e começaram a incentivar e reivindicar por mais representatividade. Foi aí que o conceito virou uma pauta e um brado na busca pelo tratamento isonômico e, consequentemente, a palavra passou a ser atrelada somente a grupos minoritários, inclusive LGBT, negros ou representatividade feminina.
Marina Ruy Barbosa, por exemplo, foi criticada nas redes sociais após compartilhar um vídeo no qual duas crianças com os cabelos ruivos aparecem olhando uma foto sua. Na legenda, que era o repost de um perfil de ruivas, a frase – “Depois falam que representatividade não é importante” causou polêmica.
Alguns historiadores defendem que a ‘representatividade’ só deve ser usada em contextos nos quais pessoas estão em desvantagem perante a hegemonia, e qualquer outra situação o correto seria representação ou identificação. Mas isso é muito arbitrário, uma forma de se apropriar de uma palavra que tem a gênese na democracia e delimitar quando e como ela deve ser usada. Qualquer sujeito pode se sentir encorajado ao se deparar com alguém ‘parecido’ no posto de protagonismo. Ou seja, a representatividade de forma geral é importante, tanto para autoaceitação do sujeito como para diversidade da sociedade, e isso não minimiza a luta de grupos que, historicamente, pedem por mais espaço.
Atriz rebateu
Sério que vocês estão problematizando um stories que eu apenas repostei com fãs mirins? Gente, pelo amor né. Tantas coisas mais importantes pra vocês se preocuparem, escreveu ela.