A cantora e compositora Kim Petras, de 29 anos, está prestes a entrar para a história como a primeira artista trans a subir no palco da premiação Europe Music Awards, que acontecerá em Budapest, na Hungria. A alemã que atualmente vive nos Estados Unidos, passou pelo processo de transição aos 12 anos.
Petras está produzindo seu primeiro álbum e concedeu uma entrevista ao site Splash, onde falou sobre como se sente sabendo que será a primeira pessoa trans no EMA e também sobre a importância de estar representando a população LGBTQIA+ de todo o mundo.
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“Eu assisto o EMA desde criança. Sempre foi enorme para mim! Ser a primeira performer trans é surreal. Eu nunca vi uma popstar trans quando era criança. Cantarei uma nova música, é superdivertida e espero que traga alegria para as pessoas assistindo. Espero que as pessoas sintam que não estão sozinhas. Com as recentes leis da Hungria, acho muito poderoso que eu esteja lá me apresentando, sem censura” afirma a cantora.
A Hungria é um país que tem gerado muitas polêmicas, principalmente após ter aprovado algumas leis que proíbem a exibição de pessoas LGBTs em programas de TV e em conteúdos educativos. “Tenho fãs da Hungria que me falam de como estão tristes com essa censura. É absurdo para mim que tenha a ver com pedofilia porque pedofilia não tem a ver com ser LGBTQIA+. É ofensivo. É horrível que as pessoas sejam banidas da TV. Quero representar a mudança. Estou fazendo isso pelos meus fãs húngaros. Gostaria que as pessoas julgassem menos as outras e se importassem menos com o que os outros querem fazer ou não. Censurar é voltar no tempo” diz Kim, ao dar sua opinião.
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