A compositora e percussionista Elaine Silva Moreira, mais conhecida como Lan Lanh, esposa da atriz e cantora Nanda Costa, em uma entrevista dada para o site Universa, falou a respeito da maternidade, e confessou que sempre quis ser mãe. Lan Lanh e Nanda revelaram a gravidez em público há cinco meses, hoje com sete meses elas esperam ansiosamente pelo nascimento de suas filhas gêmeas.
“Todo mundo pergunta como vai ser criar essas crianças em meio a tanto preconceito, mas a gente vai continuar caminhando com muito respeito, com essa coragem que a gente tem de viver, de ser feliz.” disse a compositora. “Eu nunca sofri violência por conta da minha sexualidade, mas muita gente sofre, e tornar isso público foi uma tentativa de mostrar a nossa família natural como ela é, e de trazer representatividade para famílias como a nossa” comentou.
A percussionista contou também que apesar de sempre ter existido o desejo de ser mãe, sua carreira e as turnês acabaram fazendo com que muitos anos se passassem até que ela pudesse realizar esse sonho. “Eu sempre gostei de criança, sempre quis ser mãe, mas passei 30 anos na estrada, emendando uma turnê em outra, meu tempo de gestar foi passando e acabou acontecendo agora, aos 53 anos”, diz. “Fico me perguntando se existe momento certo para ser mãe, se teria sido melhor quando eu tinha 25, 30 anos, mas não tem essa, está sendo tão bom agora” relatou Lan Lanh.
Apesar de estarem juntas há sete anos, as artistas só revelaram o relacionamento publicamente há três, e ter filhos sempre esteve incluído nos planos do casal, “Com o tempo, firmamos nossos pilares. Fizemos a união estável, depois convertemos em casamento civil, justamente pensando em ter filhos, registrá-los em nossos nomes, um direito conquistado há tão pouco tempo no Brasil” conta Lan Lanh em entrevista ao Universa.
Antes de encerrar a entrevista a vocalista lembrou também que apesar de já termos vivido muitas conquistas no movimento LGBTQIA+ devemos sempre ficar alertas para que não percamos os direitos já conquistados com tanta luta. “Eu celebro cada conquista, mas acho que a gente tem que ficar sempre ligada, sempre atenta para seguir em frente e não perder os direitos que já foram conquistados. Vale a pena, porque vamos deixar para as nossas filhas e nossas netas um terreno muito mais bonito, mais igual e mais justo do que aquele por onde eu caminhei.” terminou dizendo.