Trans, Marcela Porto, que é madrinha da Unidos da Ponte e ficou conhecida como Mulher Abacaxi, disse que se sente muito mal com abordagens indiscretas.
“Antigamente, eu passava isso nas ruas. Agora, até por eu estar quase sempre acompanhada do meu marido nas redes, migrou para as redes sociais. Também recebo muitas perguntas se fiz ou não a cirurgia. Se posso mandar foto nua. Se tenho onlyfans. Muitas mensagens com teor muito pornográfico. Me sinto objetificada e fetichizada”, lamenta ao Observatório G.
A Mulher Abacaxi diz que a maioria dos assediadores são homens casados.
“A maioria de homens casados. Eles acham que só porque somos trans, somos prostitutas ou atrizes pornô. Nada contra as meninas trans que fazem. A grande maioria faz por falta de oportunidades”, pontua.
“Eles acham que pensamos em sexo 24 horas por dia, que não trabalhamos, não temos coração, sentimentos. Pedem para sair com eles e não contar para ninguém. Um absurdo”, completa.