A viúva da cantora Cássia Eller, Maria Eugênia Vieira Martins, concedeu uma entrevista ao O Globo, e compartilhou seus planos para as festas de fim de ano. Ela revelou que irá passar o Natal ao lado de sua irmã em Brasília, mas que voltará para casa antes do dia 29, data em que completará 20 anos da morte da artista.
Apesar da data marcante, Maria Eugênia garante que esse não é o motivo pelo qual irá retornar para o Rio antes do Ano Novo. “Saudade da Cássia tem todo dia, não só no 29. Nem eu nem o Chico costumamos fazer cerimônia ou rituais nesse dia. Tenho meu altarzinho, mas minha relação com isso [a religião] é algo muito pessoal, que não passa por igreja. O Francisco, nem batizado foi”, conta a viúva de Eller.
Durante a entrevista, ela também abriu o peito e falou sobre as suas lembranças do dia em que Cássia faleceu de forma inesperada. “Lembro de uma sensação de medo muito grande, e de uma certa dificuldade de lidar com o Francisco naquele momento. A minha dor era enorme, e eu ainda via a dor no olhar daquela criança. Hoje estou muito feliz com o Chicão, ele está bem, realizado, levando a vida profissional do jeito dele. Acho que ele foi muito inteligente nas escolhas que fez. Mas o trabalho com filho não acaba, o Francisco vai ser sempre uma criança para mim. Ele ainda vem aqui quando fica doente, ele quer aquele chamego”, relembra.
Maria também disse que apesar de já ter se apaixonado por outra mulher antes de Cássia, a cantora de certa forma se tornou o seu único amor. “Não foi o primeiro… Mas, de uma certa forma, foi o único. Eu era casada com um rapaz e, no meio desse casamento que ia muito bem, eu conheci uma menina e me apaixonei. O casamento terminou justamente por isso. A coisa com essa menina não foi para a frente e um ano depois eu conheci a Cássia”, diz Martins.
Hoje, aos 60 anos, Maria Eugênia diz não ter se relacionado com mais ninguém após perder o grande amor de sua vida. “Quando tudo se acalmou e a vida ficou mais estável, eu caí numa depressão profunda e fui viver o luto que não havia vivido. E o tempo foi passando. Cheguei aos 50, e as relações começam a ficar complicadas para a mulher nessa idade. Confesso que nunca estive muito aberta e não aconteceu. A vida inteira eu cuidei de alguém: da Cássia, do Chico… Hoje, eu estou me deparando com a questão de cuidar de mim. É difícil”, disse ela, ao encerrar a entrevista.