Eliminado do ‘Big Brother Brasil 22‘ antes de chegar ao top 10 do reality da TV Globo, o influenciador Vyni Fernandes concedeu uma entrevista exclusiva ao Observatório G, na qual discorreu sobre a forma como a sua relação com o brother Eliezer era encarada por meio da perspectiva dos atentos telespectadores. Ele diz que não se surpreendeu quando soube que muitas atitudes dentro do confinamento global foram malvistas, mas garante que pretende não terceirizar a culpa, mas sim entender este processo como uma forma de autoconhecimento e amadurecimento.
Não posso dizer que foi uma surpresa. Mas fiquei bem admirado com as coisa que li e que ouvi falar. Não posso dizer que estou surpreso porque dentro da casa, por vários momentos, eu falava que nossa relação poderia ser malvista fora da casa ou interpretada de uma maneira diferente. É o tipo de relação que tenho com meus amigos, mas eu estava sob o olhar do Brasil inteiro. Com lente de aumento sobre minha vida. Então qualquer piada/ brincadeira que eu fizesse ia ser interpretada de uma maneira diferente. Eu vejo que outras pessoas brincam da mesma forma, mas não têm a mesma repercussão que teve comigo e com ele. Especificamente comigo. Por isso que eu falo que não fiquei surpreso, porque por várias vezes eu falava lá dentro: “olha qualquer tipo de afeto e carinho que eu demonstrar por você as pessoas vão interpretar de outra maneira”. Porque sempre é assim. Mas não me deixo afetar, não. Ele foi uma pessoa importante lá dentro , uma grande amizade. Realmente foi um Porto Seguro pra mim, como acredito que eu tenha sido pra ele. E qualquer erro que eu tenha cometido em relação ao jogo , qualquer atitude que eu tenha tomado diz respeito a mim. Porque fui eu quem me fechei pro jogo pra priorizar as pessoas e esquecer de mim. Então não vou jogar a culpa em ninguém. A responsabilidade dos meus atos são minhas. Só não acho que deveria ter tanto julgamento como teve, mas não me diz respeito.
Além disso, a imprensa noticiou que Vyni revelou ser gay um pouco antes de entrar na casa. Questionado a respeito do sentimento de autolibertação atrelado ao ato, o influenciador ressalta que foi envolvido por uma complexidade de sensações. Agora, ele está mais preparado para florescer e seguir com o seu processo de descobertas fora do confinamento, que é onde a vida acontece para valer.
Foi na verdade uma complexidade de sentimentos. Eu precisei de força, precisei de coragem e depois que eu verbalizei, estranhamente não me sentia diferente de quem eu era. Eu continuava sendo a mesma pessoa. Só que era como se um peso tivesse saído das minhas costas. Como se uma tonelada tivesse saído dos meus ombros. Porque esse sentimento de autolibertação vem muito de quando você é verdadeiro. Eu não queria entrar na casa mais vigiada do Brasil e deixar que as pessoas da minha própria casa soubessem ou descobrissem coisas sobre mim que eu poderia ter contado pra elas. Poderia ter sido sincero com elas. Como é que eu ia ser sincero pro Brasil se eu não conseguia ser sincero dentro da minha própria casa? Não é forçando uma coragem, não é sobre isso. Cada um tem seu tempo, cada um sabe a hora de se abrir para os outros. Vão ter pessoas que vão fazer isso mais cedo, outras mais tarde. Outras talvez nunca farão isso. É o tempo de cada um. E essa autolibertação, pelo menos para mim, vi que está muito relacionada ao crescimento, ao autocrescimento. É preciso ter uma autolibertação se você quer crescer. É até uma metáfora da borboleta que falei lá dentro da casa. Que se eu pudesse ser um animal pra ser, foi até uma brincadeira que a Lina fez dos 3 animais, eu escolhi ser a borboleta. Que ela precisa sair do casulo. Ela precisa passar pelo processo de mudança, aquele corpo já não cabe mais pra ela. Então, não cabia mais pra mim não ser mais sincero com as pessoas da minha casa, mesmo sabendo que eles iam me apoiar. Então quando eu me autolibertei eu comecei no meu processo de crescimento, meu processo de descoberta. Me senti mais livre para me descobrir. Só que acabou que eu tive, não vou dizer que é azar, porque não foi azar, foi uma benção independentemente do que aconteceu, aqui fora ou lá dentro, foi uma benção. Eu tive uma condição que eu comecei a me descobrir a me permitir dentro da casa mais vigiada do Brasil. Com lente de aumento sobre minha vida. Eu sei o quanto é frustrante para algumas pessoas observar alguém que está cometendo os mesmos erros que talvez você tenha cometido e que talvez você se envergonha. Então isso meio que gera um ódio. Só que comigo aconteceu de uma forma desproporcional, mas ainda assim eu tento me colocar no lugar das pessoas que fizeram comentários maldosos, ruins, porque é incômodo, talvez, ver alguém cometendo os mesmos erros que você cometeu no passado. Não que isso justifique. Fazer comentário de ódios ou ter atitudes criminosas, não é sobre isso. Mas ainda assim tento me colocar no lugar dessas pessoas. E agora simplesmente me sinto mais livre. Saí muito bem acolhido graças a Deus, e agora eu vou conhecer a vida. A vida que eu não conhecia antes. E que eu estou louco para saber o que ela me reserva.