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Web questiona bissexualidade de Camila Pitanga após atriz apresentar namorado

A famosa, por meio do Instagram, apresentou o seu novo namorado

Camila Pitanga
Camila Pitanga (Reprodução)

Após terminar o relacionamento com a artesã Beatriz Coelho, em dezembro de 2020, com quem ficou por quase dois anos, Camila Pitanga engatou uma nova relação. A famosa, por meio do Instagram, apresentou o seu novo namorado.

O eleito é Patrick Pessoa, carioca, doutor em Filosofia pela UFRJ, com especialização em Filosofia da Arte no exterior. Até aí tudo bem, o problema é que muitos internautas indagaram sobre a bissexualidade da atriz, visto que anteriormente estava com uma mulher.

No perfil da influenciadora Rainha Matos, as opiniões se divergiram – “Viram? Essa famosas ficam com mulheres só para serem mordeninhas, mas gostam é de outra coisa”, escreveu um rapaz. “As pessoas precisam entender o significado de bissexual. Ela namora meninos e meninas, uai”, falou mais uma.

“O povo surpreso pqe ela tava namorando uma mulher, gente o ‘B’ do LGBT, não é de Beyonce não”, apontou a seguidora.

O pessoal nos comentários bugados porque descobriram que o B de LGBTQI não é de biscoito”, falou o internauta.

Bissexualidade

Como a bissexualidade é uma orientação sexual, você pode estar dentro de um relacionamento hétero ou homossexual, mas a sua orientação não vai mudar, uma vez que ela denota sobre como os seus desejos e afetividade se manifestam dentro de você. Ana Hikari, que está em uma relação hétero, já falou sobre isso.

Hoje a bissexualidade ganhou vários significados e nuances, isso se potencializou após muitos estudos do segmento, que basicamente tentam espelhar as transformações sociais. Aqui a gente falaria mais de uma construção sócio-histórica da(s) bissexualidade(s). Isso sempre acontece. Sempre terá algum teórico que, por meio de suas observações, explanará as suas conclusões. Dito isso, há quem diga que ser bi é justamente romper com o binarismo, com a fórmula, de desejar necessariamente homem, mulher ou os dois, mas se atrair por pessoas, independentemente de como esses sujeitos se categorizam, uma definição similar ao pansexual. KLEIN, F. chega a dizer que ela é uma identidade que possui características próprias e independentes. Para quem defende esta teoria, pansexual, outrora categorizado como omnissexualidade, seria mais uma ‘criação inclusiva’, mas na verdade existe desde a época de Freud, no século 20, com o termo hoje incorreto – ‘pansexualismo’ – que basicamente denota que os desejos dos seres humanos derivam de instintos sexuais.

Mas os estudos psíquicos que constituíram a identidade, que deram forma a ela, entendem que este desejo bissexual parte, a priori, de uma fantasia com o masculino e feminino, das características específicas destes dois polos, que poderia ser fruto de uma identificação do próprio eu. Freud fala da teoria da bissexualidade psíquica, que ressalta a dupla referência ao masculino e ao feminino, e uma identidade intrínseca das pulsões. Posteriormente o objeto do desejo pode se direcionar para o homossexual e heterossexual. Em Chabert, Père ou Mère ? Entre bisexualité psychique et différence des sexes, entende que não existe confusão do sexo, mas uma coexistência de dois no psiquismo – masculino e feminino. Nesse entendimento, ela seria sim binária.

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