Cultura

Filme 'Deserto Particular', que explora as nuances da sexualidade, chega ao streaming

O longa, que fez sua estreia mundial no festival italiano, foi exibido também na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, e escolhido para representar o Brasil no Oscar

DESERTO PARTICULAR é protagonizado por Antonio Saboia (“Bacurau”
DESERTO PARTICULAR é protagonizado por Antonio Saboia (“Bacurau”

Deserto Particular, novo longa-metragem do cineasta Aly Muritiba, e que foi premiado em diversos festivais, como Veneza (Prêmio de Público), Mix Brasil (Melhor Filme e Melhor Ator, para Pedro Fasanaro), TLVFest 2021 – The Tel Aviv Internacional LGBTQ Film Festival (Melhor Longa Internacional), e Premio Camilo (conferido ao melhor longa com temática LGBTQ), no Festival de Huelva – Cine Iberoamericano, já está disponível para streaming na HBO Max.

O filme explora o Brasil interiorano e como as discussões sobre sexualidade se consolidam em diferentes partes e contextos.

Protagonizado por Antonio Saboia (“Bacurau”), como Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco, e sorri menos ainda. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, uma moça trans que mora no sertão da Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O desaparecimento súbito de Sara faz com que Daniel resolva cruzar o país em busca de seu amor. 

Este é um filme de encontros. Desde 2016, com o golpe que tirou do poder uma presidenta democraticamente eleita, minha geração, formada depois da Ditadura Militar, enfrenta o momento mais dramático de sua existência. O país afundou numa espiral de ódio que culminou com a eleição de um fascista como presidente. Depois da eleição de Jair Bolsonaro, todas as minorias, mulheres, indígenas, a comunidade LGBTQIA+, negros, entre outros, passaram a ser sistematicamente perseguidas, e o país se dividiu entre o sul conservador e o norte e nordeste progressista. Essa época de ódio me motivou quando decidi sobre o que seria meu próximo filme. Faria uma obra sobre encontros. Nesse momento de ódio, resolvi fazer um filme sobre o amor”, explica Muritiba. 

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