Cultura

Filme LGBTQIA+ brasileiro "Vento Seco" estreia na França

Revista Les Inrocks descreveu o longa como "ardente e emocionante"

Filme Vento Seco
Filme Vento Seco (Foto: Reprodução)

O filme brasileiro “Vento Seco” do diretor Daniel Nolasco, estreou nos cinemas da França no dia 11 de agosto, desde então já tem ganhado destaque nos jornais locais, com menções nos principais veículos de comunicação do país. O filme acompanha a história de Sandro, protagonista gay vivido pelo ator Leandro Faria Lelo. Durante a narrativa, Sandro se envolve com um de seus colegas de trabalho, ao mesmo tempo que se vê tendo fantasias sexuais com outro rapaz.

A obra cinematográfica ganhou elogios da revista Les Inrocks, que descreveu o longa como “ardente e emocionante”, o filme de Nolasco já foi exibido na seleção Panorama da Berlinale em 2020 e também em festivais de Paris. A revista Têtu, uma grande referência do jornalismo cultural, também comentou a respeito da obra de Daniel, “diferentes camadas de leitura, entre fantasias sexuais cruas, sonhos eróticos ou românticos e a realidade social brutal do cotidiano no mundo do trabalho” disse a revista.

Em entrevista para o site Cine Set, o diretor do longa-metragem contou de onde saiu a ideia para criação do filme. “Eu sou de Catalão, no interior de Goiás, e morei lá grande parte da minha vida. Aos 26 anos, me mudei para o Rio de Janeiro para fazer faculdade de cinema na Universidade Federal Fluminense, em Niterói. Nesta minha primeira saída para outro Estado, tive um estranhamento das pessoas praticamente considerarem impossível ter uma vivência LGBT fora de um grande centro urbano. Daí, veio a ideia de fazer um filme sobre isso.” disse ele.

Ainda em sua entrevista Nolasco falou o que pensa a respeito de filmes com a temática LGBT no Brasil, “Antes do atual governo, estávamos vendo uma produção LGBTQIA+ diversificada. Era um momento muito interessante resultado de uma descentralização da produção, saindo do clássico eixo Rio-São Paulo. Quando você começa a ver produções de outras regiões, temos perspectivas e experiências estéticas diferentes.” comentou.

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