Há dois anos, um estudo elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), constatou que o turismo LGBT é um dos segmentos que mais fatura no Brasil.
O impacto positivo que a Parada LGBT+ promove no turismo e, consequentemente, na economia criativa local, envolve dois pontos, segundo Isabella Perrotta, professora do Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa (MPGEC) da ESPM.
O primeiro é que o público LGBT+ é tradicionalmente conhecido por gastar dinheiro em programas de nicho, tais como boates, cruzeiros e resorts. O segundo, diz respeito à importância que uma agenda de festivais e eventos vem ganhando nas principais cidades do país para a consolidação de destinos turísticos.
“É preciso, contudo, que a cidade adote estratégias público e privadas, para que toda a infraestrutura necessária, como serviços de apoio, segurança, instalações sanitárias e médicas funcione bem”, diz Perrotta. “Não basta só atrair visitantes, mas também construir capital social, apoiando o desenvolvimento cultural, reforçando a imagem da cidade e constituindo um catalisador de regeneração urbana.”
