A travesti Cintura Fina, conhecida como a Marilyn Monroe dos detentos pela imprensa, foi figura marcante na provinciana Belo Horizonte dos anos de 1950.
Nascida no Ceará e vivendo na região mineira, Cintura Fina não passava despercebida. A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG aprovou, no início deste mês, a institucionalização do Acervo LGBT+ Cintura Fina, que compila obras de interesse do público LGBT+.
“O nome do acervo homenageia a Cintura Fina, uma dissidente sexual, de uma figura não propriamente travesti, mas do que hoje denominaríamos queer: uma importante personagem LGBT no cenário da cidade de Belo Horizonte”, explica texto de apresentação do projeto.
“A importância do Acervo está relacionada a necessidade de recuperar, preservar, divulgar e pesquisar sobre a memória e as histórias das populações dissidentes de sexo e de gênero.
É fundamental que outros acervos sejam criados em universidades para tornar mais acessíveis os materiais que ajudam a revelar as formas de constituição de nossas identidades e sociabilidades”, afirma Luiz Morando, especialista em memória LGBT+.