Nesta quarta-feira (27), o Senado Italiano recusou um projeto de lei de anti-homofobia, que já havia sido aprovado pela Câmara em 2020. A lei tinha o intuito de tornar a violência contra pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIA+, um crime de ódio, da mesma forma que os crimes de racismo.
Durante a votação no Senado, o projeto recebeu 131 votos a favor, enquanto outros 154 legislativos votaram contra a proposta apresentada. Os maiores opositores da aprovação da lei foram os partidos de direita, Liga Norte e Irmãos da Itália (Fratelli d’Italia), e também o Vaticano.
Luigi di Maio, ministro do Exterior do país, que também faz parte do Movimento 5 Estrelas, disse que é uma “desgraça” o fato de a lei ter sido rejeitada pelo Senado, ele também afirmou que gays ainda sofrem descriminação na Itália. Partindo do mesmo pensamento que Luigi, o ministro do Trabalho, Andrea Orlando, descreveu a atitude do Senado como “uma desgraça para o país”.
De acordo com informações publicadas pelo UOL, críticos da lei afirmaram que a mesma colocava em risco a liberdade de expressão incluindo daqueles que acreditam que uma família é formada pela união entre um homem e uma mulher, e poderia abrir caminho para propaganda gay em escolas. Enrico Letta, líder dos social-democratas, disse que as pessoas que desejavam que o país regredisse no tempo infelizmente venceram desta vez.