Nesta quinta-feira (15) o MPRS anunciou que acatou a denúncia contra Políbio Braga após o jornalista proferir declarações incitativas ao ódio e categorizadas como de cunho homofóbico por meio das redes sociais. Braga cita Eduardo Leite em seu artigo que dimanou na denúncia. A acusação foi feita pela ONG Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade à Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância.
“O Governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como opção da vontade sexual das pessoas e não como patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS” e “Ontem foi o Dia Internacional do Universo LGTBQIA+, que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia”, disse Políbio por meio de um artigo intitulado “Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini”.
Ivana Machado Moraes Battaglin, da Promotoria de Justiça Criminal de Porto Alegre, enfatiza que “Ele também ventila que as identidades de orientação sexual e de gênero contidas na sigla LGBTQIA+ foram, ou deveriam, ser ilegais, na medida em que usa a expressão “legalização do homossexualismo”, o que propaga a ideia – e o discurso de ódio daí resultante – de que essa população está à margem da lei e da sociedade, criminalizando-a”.
Ao Coletiva.net, Políbio se pronunciou e ressaltou que não está surpreso com a posição do MP – . “Há uma perseguição clara contra jornalistas que usam a liberdade de expressão, portanto também de imprensa, para que se calem diante do discurso único que tenta impor suas opiniões, tentando suprimir o direito constitucional e legal ao contraditório, apanágio de qualquer sociedade civilizada”, destacou Braga.
O Observatório G entrou em contato com Políbio Braga para que ele se pronuncie se desejar, mas ainda não obtivemos resposta.