O militante das causas LGBTQIA+ e assistente social Carlos Gomes, foi acusado de agredir com socos e chutes a servidora pública Michele Queiroz, durante a madrugada do dia 04 de outubro, ela também denunciou Gomes por transfobia. O caso teria acontecido no Mercado do Bosque, em Rio Branco, capital do estado do Acre.
Carlos Gomes, que também é ex candidato à prefeitura da cidade, confirmou que a confusão realmente ocorreu, no entanto, ele afirma que apenas havia se defendido após ter levado um tapa de Michele. Segundo informações do G1, concedidas pela própria servidora pública, ela estava saindo do mercado quando o ativista cuspiu nela, que então se dirigiu até ele para questionar o motivo da atitude, e foi quando começou a ser agredida.
“Ele já veio com as agressões, com socos, totalmente violento, transtornado, fora de si. Só não me machucou mais, porque as pessoas que estavam lá não deixaram. Muita gente se meteu na hora pra me defender, mas em dado momento, ele conseguiu me derrubar e, não satisfeito, chutou meu quadril e saiu correndo, de forma covarde” disse Michele em entrevista ao G1.
Queiroz também informou que compareceu a delegacia e prestou boletim de ocorrência ainda na madrugada do dia 4. Além disso, a mulher trans contou que anteriormente os dois haviam tido uma discussão pela internet, mas que tudo já teria sido resolvido, que o motivo para a ação de Carlos teria sido ódio gratuito. “Não consigo achar explicação para isso. Foi um ódio gratuito da parte dele. Realmente não sei porque tanta raiva, eu creio que seja porque ele tem aversão à figura feminina, ele foi misógino, transfóbico total. Espero justiça, porque se nós formos brigar com todo mundo que a gente não simpatiza ou que a gente tem aversão, vamos chegar a uma barbárie. Então, a justiça tem que ser feita, tem que parar esse tipo de gente. Temos que viver num mundo civilizado e não na barbárie.” declarou a vítima.
Em nota, o ativista LGBTQIA+ e ex candidato a prefeito Carlos Gomes, contou uma história divergente a de Michele, onde afirma que ao passar pelo mercado foi estapeado pela mulher, e que devido a isso retornou para questionar a razão para a agressão.