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1ª paciente baiana de redesignação sexual pelo SUS fala sobre recuperação

Passados mais de quatro meses, a Agência Brasil procurou novamente Yohana para saber como foi a recuperação do procedimento

Bandeira trans
Bandeira trans (Imagem: Ilustrativa)

Fonte: CNN

No dia 9 de agosto de 2023, a bailarina e professora de dança Yohana de Santana, então com 47 anos, se submeteu a uma cirurgia de redesignação sexual que mudaria sua vida. A operação foi a primeira realizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado da Bahia.

A cirurgia foi um marco para o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde tudo ocorreu.

Passados mais de quatro meses, a Agência Brasil procurou novamente Yohana para saber como foi a recuperação do procedimento – antes popularmente conhecido como mudança de sexo. De acordo com ela, tudo foi muito tranquilo e natural.

O pós-operatório não teve complicações. Yohana acredita que um dos fatores que permitiram a recuperação sem problemas foi o fato de ter se preparado psicologicamente para o procedimento. Aliás, acompanhamento psicológico é uma das exigências do Ministério da Saúde para a realização da cirurgia.

Além disso, a soteropolitana buscava ser submetida à redesignação desde 2010, tempo de espera que contribuiu para que buscasse informações.

“Eu também estava psicologicamente muito preparada para o pós-operatório porque eu já tinha assistido a vídeos de depoimentos de pessoas que já tinham feito a cirurgia no exterior e relatos de pacientes aqui no Brasil”, lembra.

No hospital universitário o atendimento psicológico é mantido por pelo menos mais um ano após o procedimento.