A drag Queen Tchaka, também conhecida como ‘Rainha das festas’, abrilhantou a Parada LGBT+ deste ano, como apresentadora oficial do evento. Em entrevista ao Observatório G, a drag que é formada em Direito, mas, por vocação optou pela arte, falou sobre vários assuntos, entre eles o cenário político atual.
Já de antemão, ela enfatiza a responsabilidade de ser porta-voz da comunidade na Parada. “É um mix de responsabilidade e alegria ser a porta-voz da parada do orgulho LGBT.” Desse modo, ela brada:“Essa luta não é apenas das letrinhas LGBTs, mas de toda a sociedade”.
Em relação a homens e mulheres trans ocupando espaços no mercado, a artista foi enfática e ressaltou que é extremamente importante ocuparem estes lugares, sobretudo ‘porque são bons’. Nesse sentido, ela enfatiza que a representatividade não é um favor, mas sim uma maneira de agregar arte, conhecimento e cultura.
Rememorando sua participação no programa Provocações, Marcelo Tas, Tchaka foi indagada sobre discursos retrógradas e odiosos e, se dar palco para pessoas extremistas, não seria uma maneira de reforçar este discurso. Desse modo, ela diz que discursos de tortura e ódio não devem ser trazidos à luz.
“A gente tem que tentar dialogar quando as duas partes permitem isso. Quando um governo diz claramente que não quer, aí vai pela resistência. Ele querendo ou não, terá que governar para todos, não só para bolha que o elegeu”, acrescenta.