É preciso reafirmar direitos LGBTs recorrentemente. A acessibilidade da diversidade no mercado de trabalho, sobretudo para pessoas trans, ainda é marcada por muitos percalços.
O Influenciador, astrólogo e ator Vitor diCastro, em entrevista ao Observatório G, discorreu sobre homofobia e recordou situações nas quais sentiu na pela a dor da discriminação.
“Eu tive muitos empregos até meados de 2014 e só trabalhei em lugares onde eu não podia falar sobre a minha sexualidade. Eu fazia palestras sobre segurança do trabalho e lidava com colaboradores de locais mais tradicionais, em ambientes homofóbicos. E eu acabava ouvindo piadas e comentários preconceituosos que não eram direcionados a mim, pois, na época, eu me comportava como hétero. Mas eu sempre acabava escutando. Às vezes, quando eu dava algum exemplo, eles riam e era difícil.”
“Outro exemplo de homofobia que sofri foi quando eu trabalhava com atendimento ao público. Alguns homens ficavam incomodados quando percebiam que eu era gay. Isso fazia eu não querer falar sobre a minha sexualidade.”
“Um vez, trabalhei em um grupo de teatro e um dos atores me atacou de uma maneira homofóbica, dizendo que ninguém iria acreditar no personagem que eu fazia, pelo fato de eu ser homossexual.”
Em relação ao tema ter dado passos em direção à evolução, Vitor entende que o cenário pode ser otimista.
“Eu acredito que tivemos avanços no debate sobre LGBTfobia. Hoje, sou chamado por empresas para falar sobre isso. Os lugares tendem a, cada vez mais, nos dar um local de fala, uma coisa que antes não existia. Até porque em 2019, tivemos uma vitória quando o preconceito com pessoas LGBT passou a ser considerado crime. Hoje, se algum colaborador passar por isso, vira caso de polícia. Espero que em breve tenhamos cada vez mais leis que protejam a nossa comunidade.”