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Lésbicas

6 lésbicas famosas da antiguidade que fizeram história

Mulheres lésbicas que fizeram história

Publicado em 02/04/2022

Não é preciso adentrar no universo das narrativas vigentes, que versam sobre a sexualidade feminina/ das mulheres, para saber que os anseios femininos eram reprimidos e até vistos como impossíveis. Eram não, ainda são. O dia 06 de fevereiro foi intitulado pela Organização das Nações Unidas como o Dia de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. A prática, implementada em 28 países africanos e em grupos na Ásia e no Oriente Médio, consiste na remoção de parte ou integral dos órgãos sexuais externos do corpo da mulher. O intento é tolher o prazer e resguardar a menina para o casamento.

A mulher lésbica lutou, muito, e ainda o faz, para conseguir o seu pleno exercício à orientação sexual, já que as suas relações sexuais foram sempre invalidadas por não trazer a presença do falo.

Anne Lister, lésbica em 1800 – 1ª lésbica moderna

Anne Lister (1791-1840) foi uma empresária e aventureira britânica que ficou conhecida por manter um diário codificado em que revelava detalhes de sua vida íntima. A britânica era visionária e adeptas de ideias que ainda hoje são motivos de controvérsia como casamento homoafetivo. Anne contrariava regras e estabeleceu o seu próprio sistema de ideias.

Anne Lister, considerada 1ª lésbica moderna
Anne Lister, considerada 1ª lésbica moderna (Foto: Reprodução/Internet)

Rainha Cristina da Suécia

Foi a Rainha da Suécia de 1632 até à sua abdicação em 1654. “Ela veste sapatos de homem, e sua voz e gestos são masculinos. Adora exibir sua perícia no manejo de cavalos. Fala oito línguas, entende de pintura tão bem como qualquer um e sabe muito mais do que eu sobre as intrigas da nossa corte. Ela é uma pessoa absolutamente extraordinária“, disse Duque de Guise, um francês bon vivant que a conheceu e que nasceu em Paris em 1614 e morreu em 1664.

Ela estava interagindo em um mundo masculino, a política. Um ambiente do qual mulheres estavam excluídas na época. Isso dava margem a muitos rumores. Por exemplo, a respeito de possíveis casos amorosos. Acreditava-se, por exemplo, que a sua dama de companhia era também a sua amante. Mas temos apenas algumas cartas – e muitas lendas – confirmando isso”, diz o historiador Stefano Fogelberg Rota.

Rainha Cristina da Suécia

Safo

O termo lésbica é associado à poeta Safo e/ou a Ilha de Lesbos na qual viveu entre o final do século VII e o início do século VI a.C. Ambiente em que tinha relações sexuais com outras mulheres. Sandra Boehringer, em seu livro L’homosexualité féminine dans l’Antiquité grecque et romaine, traz um compilado sobre as relações sexuais entre mulheres nos primórdios, Safo é citada como figura emblemática, mas no século II d.C, quando o tema era o homoerótico, o nome que mais vinha à tona era Filenes, que remonta a um manual erótico antigo. Enfim, Safos também emerge na obra de Heroides de Ovídio, no livro de Horácio, quando a poeta e os seus amores com outras mulheres são protagonistas. No século I d.C., no V,1 Diálogos das cortesãs (I d.C.) de Luciano de Samósata, filósofo grego, ela também aparece.

Safo e Erinna em um jardim em Mytilene, 1864

Benedetta, freira lésbica de 1600

Benedetta Carlini de Vellano, (1591-1661), foi uma freira católica mística e lésbica, que viveu na Itália na época da Contrarreforma. A escritora Judith C. Brown narrou sua vida no livro Atos impuros (1986), que discutiu os acontecimentos que levaram à sua inestimável importância.

Freira Benedetta

Filipa de Sousa – Tavira, 1556 — Brasil, c. 1600

Felipa de Sousa, processada por ser lésbica durante a Inquisição e hoje ícone do movimento LGBT. Segundo o livro 50 LGBTQ+ Incríveis de Débora Thomé, ninguém nunca soube o destino exato de Felipa, que, no século XVI, afirmou veementemente que sentia atração por mulheres. Condenada, foi presa e recebeu sentença de açoitamento.

Filipa de Sousa
Filipa de Sousa (Reprodução)

Theo Anna Sprüngli

Em 28 de junho, de 1969, nos EUA, o evento Stonewall fez aguerrir e reverberar os direitos e as reivindicações de LGBT. Mas é importante pontuar que antes disso gays e lésbicas já lutavam. Theo Anna Sprüngliativista lésbica alemã, abordou as questões de mulheres lésbicas em um discurso em 1904. 

6 autoras lésbicas que marcaram época

Cassandra Rios – (1932 -2002)

Cassandra Rios
Cassandra Rios

Com 36 livros censurados, ficou conhecida popularmente como a “escritora maldita” durante a ditadura militar. Seu pseudônimo alude à sacerdotisa da mitologia grega que profetizou a Guerra de Troia. A Volúpia do Pecado, primeiro livro de 1948, fala do amor entre duas jovens.

Elizabeth Bishop  (8 de fevereiro de 1911 – 6 de outubro de 1979)

A poeta americana não se categorizava abertamente como “queer” e não gostava de ser “tipificada como lésbica”. Amava livremente. O filme Flores Raras, de 2012, com Gloria Pires, explora o romance da poetisa tímida com outra mulher. Dona de opiniões políticas controversas, Bishop escreveu 101 poemas, divididos em três livros, ao longo dos seus 68 anos de vida. 

Pat Parker (1944–1989)

Poeta americana negra lésbica feminista. Lidou com violência sexual e o assassinato de uma irmã. Suas ações como ativista envolviam o combate à violência doméstica.

Anita Cornwell –  (23 Setembro 1923) 

 Em 1983, ela escreveu a primeira coleção de ensaios de uma lésbica afro-americana, Black Lesbian in White America.

Cheryl Clarke (16 de maio de 1947)

Poeta lésbica, ensaísta, educadora e ativista da comunidade feminista negra. Clarke traz em sua obra poética/teórica, também, a energia do erótico presente nas relações lésbicas. Ela denuncia o heterosexismo e racismo.

Audre Lorde (18 de fevereiro de 1934 -17 de novembro de 1992)

Militante com as mulheres afro-alemãs na década de 1980 é crítica das feministas do início do movimento, que negligenciaram questões raciais. Audre fala sobre ser mulher, negra e lésbica. Traz à tona o erótico e a sexualidade, que para ela compõem sua identidade.

Juana Inés de la Cruz, freira e lésbica? Conheça a sua história

Juana Inés de la Cruz
Juana Inés de la Cruz

Até estimativamente o século XVII na Europa o corpo da mulher era lido e compreendido como um corpo e constructo do homem menos perfeito, atrofiado e pechoso.  Ovários foram aprioristicamente chamados de “testículos femininos”, uma espécie de pênis pra dentro, como se o órgão sexual não tivesse o seu desenvolvimento pleno.

Mas em um tempo mais remoto não era assim. artefatos nos primórdios sugerem que a vagina era vista como sagrada. Há símbolos da vagina entalhados em pa­redes de cavernas nos primeiros povoamentos da história, conforme informações arquivísticas do livro complexo e denso de Naomi Wolf.

Estatuetas de terracota da Europa Central, que provavelmente representavam a fertilidade. A sexualidade feminina e a fertilidade eram vistas como sagradas. De 25000 a 15000 a.C., as estatuetas de Vênus – imagens de fertilidade com vulvas pronunciadas – feitas de pedra ou marfim eram abundantes na Europa, e imagens similares feitas à mão com lama do Nilo eram comuns no Egito.

 As mulheres adoradoras dedicavam a Inanna vasos que simbolizavam o útero. Um texto sagrado desse período observa: Uma vez que a sagrada Inanna houvesse se lavado era aspergida com óleo de cedro. O rei, então, orgulhosamente se aproximava de seu colo sagrado. Ele orgulhosamente se juntava com o glorioso triângulo de Inanna. E Tamuz, o noivo, se deitava com ela apertando suavemente seus lindos seios!

A “vagina maravilhosa” de Inanna está relacionada com a busca pela sa­bedoria. 

Sexo entre mulheres

De acordo com tratado Hipocrático, o corpo da mulher era inacessível aos médicos. Desse modo, tudo o que se sabia, eram apenas confissões de parteiras e pessoas que tivessem acesso a esse universo íntimo e intocável.

Dito isso, era muito mais difícil qualificarem os atos femininos como ‘sodomíticos’, tendo em vista que era impensado acreditar que duas mulheres fizessem sexo e gozassem de prazer.

Sóror Juana Inés de la Cruz nasceu em 1651 na cidade de San Miguel de Nepantla (Nova Espanha, atual México). Em meados do século XVII na Nova Espanha, as mulheres não podiam ir para a universidade. E, para romper esta barreira, Juana passou a se vestir como homem com o intento de frequentar a escola.

Com a necessidade premente de solidão e introspecção, Juana se mudou para o convento, um espaço solitário para dedicar-se aos estudos e a vida casta. Imperiosa, questionou nomes importantes e causou a fúria da igreja. Contrapôs Antonio Vieira com sua Carta Atenagórica.

Aos 15 anos, foi enviada para a Corte da Cidade do México para servir de dama de companhia a Leonor de Carreto, a marquesa de Mancera, vice-­rainha da Espanha. É provável que tenha ocorrido um caso de amor entre ambas, visto que Juana chama a vice-rainha de Laura em seus poemas de amor.

La cruz era boa filosofia, poesia e estudava astronomia. Uma mulher à frente de seu tempo. Dedicou-se a cuidar das freiras do convento e morreu aos 43 anos, em 1694.

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