Quando falamos de esporte, demarcamos um dos pilares do entretenimento em todo o mundo. Em 1975, Dave Kopay tornou-se o primeiro atleta da NFL a se declarar gay. Em 1981, a tenista Martina Navratilova fez manchete. Um dos maiores nomes do tênis mundial arriscou e assumiu a sua orientação sexual para o mundo quando estava no auge de sua carreira.
Em recente entrevista, Ana Marcela, com a medalha de ouro conquistada nos Jogos Olímpicos de Tóquio, reconhece o papel na representatividade lésbica.
“Ser atleta no Brasil é difícil. É complicado conseguir patrocinadores, apoiadores, pessoas que enxerguem lá na frente. Todo mundo quer resultado imediato, mas tem que investir na garotada, porque uma hora eles desistem”, disse à live do Papo de Mina.
“A mulher pode ser o que ela quiser, onde quiser e como quiser. [A medalha] também é fruto do tanto que a gente vem recebendo de ajuda por igualdade”.
Lésbica
A esportista relatou que algumas crianças já indagaram se ela é homem ou mulher, mas leva na boa – “é uma pessoa de cabelo curto, ombro mais largo, tatuagem, que se veste de camiseta e bermuda”.
“Eu acho que consigo fazer muito bem isso, mostrando meu lado, como atuo, minhas conquistas e tudo que eu posso fazer. Sei o quanto isso representa para muitas mulheres, para muitos homossexuais e até héteros que questionam como é beijar outra mulher. É legal conseguir me expor de uma forma positiva sempre. Não sei como, mas eu consigo”, diz.