No Qatar, a homossexualidade é considerada crime e, de acordo com a “sharia“, a lei em vigor no país, que não separa Estado de religião, os preceitos são estabelecidos a partir da fé.
Recentemente, o jornalista pernambucano que está no Catar para cobrir a Copa do Mundo passou por percalços ao exibir a bandeira do estado de Pernambuco após o símbolo ser atrelado ao arco-íris LGBT.
No dia em que as seleções recuaram no uso da braçadeira “OneLove” (“Um Amor”, em tradução livre) em apoio à comunidade LGBT+, o comentarista da BBC, Alex Scott, fez história ao entrar no estádio da Copa com o item de arco-íris.
Temos alguns marcos também: a presença de Richarlyson Barbosa, o primeiro ex-jogador multicampeão com passagens pela Série A e Seleção a assumir ser bissexual, e de Renata Silveira, a primeira mulher a narrar um jogo da Copa do Mundo na TV aberta.
O especialista em ética, diversidade e inclusão, Deives Rezende Filho, destaca que é importante derrubar preconceitos e tabus relacionados a gênero, sexualidade e raça diante das câmeras e nos bastidores do evento. “O preconceito é um dos grandes motivos pelos quais as pessoas sentem dificuldade e não querem se assumir no trabalho. Mas outro ponto importante é a representatividade. Quando você vê que a grande maioria das pessoas em cargos de liderança são pessoas heterossexuais e cisgênero, isso tem um impacto muito grande a pessoa LGBTQIA+, reforçando a criação de barreiras para esta pessoa se assumir”, diz.