Aos 27 anos, o saltador Tom Daley conseguiu conquistar a medalha de ouro ao lado de Matty Lee. O feito foi alcançado após um salto sincronizado de 10 metros. “Sou um homem gay e também um campeão olímpico. E me sinto muito empoderado por isso porque, quando eu era mais jovem, eu sentia que nunca alcançaria nada por ser quem eu era”, disse o atleta, bastante emocionado com o triunfo.
Antenado, o esportista rebateu no fim de semana os comentários homofóbicos feitos durante a transmissão das Olimpíadas pela TV estatal da Rússia.
Eu não fazia ideia. Quando estamos nas Olimpíadas, estamos em uma bolha e realmente não vemos nada. A história mostra que tudo o que a sociedade é foi ditada a partir da experiência heterossexual, branca e masculina. Se pudéssemos nos reunir e usar pontos de vista diferentes, o mundo seria um lugar melhor. Ainda há muito a fazer. São 10 países competindo nessas Olimpíadas onde ser LGBT é punível com a morte – disse Daley, em entrevista ao jornal britânico “The Telegraph”.
Só espero que ver esportistas LGBTQIA+ ajude as pessoas a se sentirem menos sozinhas, como se fossem valorizadas, como se pudessem alcançar algo. É preciso muito para sair do armário e falar abertamente. Pode ser bastante desanimador e assustador para as pessoas, especialmente em esportes onde a base de fãs pode não ser tão receptiva. Não percebia o impacto que teria nas pessoas ao redor do mundo viver como eu mesmo. Sinto-me extremamente orgulhoso disso, arrematou.