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Diversidade & Inclusão: 6 datas para impulsionar as ações inclusivas nas empresas em 2024

De acordo com a McKinsey, aquelas que priorizam a diversidade têm 25% mais chances de atingirem níveis de rentabilidade superiores à média do mercado

Mercado de trabalho
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Para 2024, surge a necessidade de um olhar mais crítico e inclusivo sobre as práticas corporativas. Considerando que a Diversidade e Inclusão se consolidam como uma influência marcante nas Relações Humanas, é notório que empresas que adotam práticas inclusivas apresentam um aumento significativo em sua lucratividade. De acordo com a McKinsey, aquelas que priorizam a diversidade têm 25% mais chances de atingirem níveis de rentabilidade superiores à média do mercado.

Essa relevância é ainda mais evidente quando consideramos o cenário desenhado pelo Fórum Econômico Mundial, que sinaliza que empresas inclusivas não apenas prosperam financeiramente, mas também se destacam na geração de receita por meio da inovação. Conforme apontado pelo Fórum, essas organizações têm um aumento de 45% na receita gerada a partir de práticas inovadoras.

No entanto, para potencializar a verdadeira inclusão, é crucial ter um comprometimento genuíno em todos os níveis da hierarquia empresarial. O desafio é ir além de políticas superficiais e realmente integrar a diversidade no DNA da empresa. Reconhecendo a complexidade dessa tarefa, em determinados contextos, ponderar a contratação de uma empresa especializada em educação corporativa, como a Plure, pode ser uma estratégia valiosa. 

Se a sua empresa ainda não adotou integralmente a cultura de diversidade e inclusão, é importante ressaltar que há tempo para iniciar essa transição. No decorrer de 2024, a implementação de ações em datas específicas pode fortalecer o compromisso com a diversidade, contribuindo para a criação de um ambiente empresarial mais acolhedor e equitativo. A seguir, apresentamos seis datas estratégicas que podem impulsionar essas iniciativas:

1. Dia Internacional da Mulher (8 de março)

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada pela Agência Brasil em 2021 revelou que, em 2019, as mulheres ganhavam, em média, 77,7% do salário dos homens. A discrepância é ainda mais evidente em cargos altos.

O estudo ainda destaca que a desigualdade não está relacionada à educação. “As desigualdades salariais e os desafios enfrentados pelo público feminino no mercado de trabalho não têm origem na educação. Pelo contrário, os dados disponíveis indicam que as mulheres brasileiras, em média, possuem maior nível de instrução que os homens”, afirma a pesquisa.

Visando o combate à disparidade entre homens e mulheres, O Dia Internacional da Mulher é extremamente favorável para investir em iniciativas que promovam a igualdade de gênero no cenário corporativo. Mas como? 

A CEO da HRTech Plure, Jhenyffer Coutinho, sugere: “Esteja aberto(a) a incluir mulheres no quadro de funcionários, oferecendo-lhes a oportunidade de participar dos processos de recrutamento, sem subestimá-las unicamente por sua condição feminina. No contexto interno, foque em aprimorar a carreira das suas funcionárias. Para isso, disponibilize cursos sobre liderança, autoconhecimento, autogestão e promova ações que impulsionem essas colaboradoras”.

2. Dia Internacional contra a LGBTfobia (17 de maio)

Em 2022, a Great Place To Work (GPTW), uma consultoria global, compartilhou os resultados de sua pesquisa sobre Diversidade e Inclusão (D&I), cujo propósito era analisar os aspectos e características das minorias sociais em contextos laborais, utilizando recortes por grupos. 

Dentre as conclusões mais significativas, o estudo apontou que uma parcela expressiva das pessoas em posições de liderança, direção e presidência são indivíduos cis heteronormativos (92%) — aqueles que se identificam com o gênero designado no nascimento e sentem atração pelo gênero oposto. Ao mesmo tempo, os membros da comunidade LGBTI+ são os que mais escutam piadas e comentários preconceituosos, com 24% relatando terem sido expostos a tais situações com muita ou alguma frequência.

Sendo assim, além de garantir a presença da comunidade LGBTI+ em todos os estágios e níveis corporativos, é importante proporcionar um espaço para que essas vozes sejam ouvidas. Sensibilizar a equipe para uma cultura de respeito e simplificar o processo de adoção do nome social na burocracia empresarial também são ações efetivas.

Assim como em outros contextos, as organizações que prezam pela diferença devem incentivar o avanço profissional da comunidade viabilizando oportunidades de crescimento por meio de cursos, workshops, palestras, entre outros.

3. Mês do Orgulho LGBTI+ (junho)

Ao longo do mês de junho, dedicado à celebração do orgulho LGBTI+, recomenda-se a realização de eventos que celebrem a diferença e contribuam para a construção de um ambiente inclusivo. A ênfase precisa ser dada a iniciativas que promovam o respeito entre os colaboradores, reconhecendo que a mudança começa de dentro para fora.

“A população LGBTI+ não quer apenas festejar durante o mês do orgulho, este é um ato de resistência, no qual se pretende visibilizar as lutas da comunidade e reforçar a busca por direitos e por respeito dentro da sociedade”, comenta a CEO da Plure. 

4. Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3 de dezembro)

O recente levantamento divulgado pelo IBGE (Pnad Contínua 2022) apresentou dados preocupantes sobre a presença de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho brasileiro. Em 2022, a taxa de ocupação para essa parcela da população era de somente 29,2%, consideravelmente inferior à de pessoas sem deficiência, que atingiu 66,4%. 

Para tornar este cenário mais inclusivo, é necessário investir em acessibilidade e adaptação tecnológica. Isto pode ser feito por meio de um ambiente físico e digital acessível, fornecendo ferramentas e tecnologias adaptativas para acomodar as necessidades das pessoas com deficiência. Além disso, os profissionais de gestão e liderança devem promover treinamentos regulares para conscientizar os colaboradores sobre as necessidades e habilidades das pessoas com deficiência.

5. Dia Internacional pela Luta da Eliminação da Discriminação Racial  (21 de março)

A implementação de políticas internas contra a discriminação racial, aliada à garantia de que todos os colaboradores estejam plenamente cientes dessas diretrizes, é um bom começo para introduzir inclusão e diversidade no contexto da eliminação da discriminação racial. Além disso, implementar programas educacionais sobre a história da África – e a história afro-brasileira – em conjunto ao estudo da trajetória dos povos originários do Brasil são medidas complementares a serem aplicadas pelas organizações. 

6. Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2 de abril)

Estima-se que há cerca de 2 milhões de autistas no Brasil – mas é bem provável que esse número seja bem maior.  No entanto, muitos indivíduos ainda têm dúvidas sobre o autismo e sua manifestação, até mesmo a comunidade científica enfrenta desafios nesse contexto. A líder de Comunidade da Healthtech Genial Care, Gabriela Bandeira, explica: “Autismo não é uma doença, e nem existe cura para “sair do espectro”. Mas, ao contrário disso, existem muitas possibilidades de desenvolvimento para que cada pessoa autista conquiste autonomia e independência – e orgulho – de acordo com suas singularidades”. 

A profissional enfatiza que o dia 02 de abril é uma oportunidade para que pessoas não autistas interessadas em inclusão e valorização das diferenças possam se educar.  “Pais, familiares, amigos, educadores, profissionais de saúde, empregadores e qualquer um comprometido com uma sociedade acolhedora e respeitosa em relação ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem que buscar se instruir sobre o tema”, complementa.

No trabalho, a inclusão envolve, sobretudo, desmistificar mitos e estereótipos, promovendo uma compreensão ampla do espectro. A adaptação do espaço físico também é crucial, com ajustes relacionados ao espaço, à iluminação e às demais necessidades sensoriais das pessoas com autismo. 

Enquanto isso, os recrutadores precisam ter atenção à forma como abordam pessoas com autismo em processos seletivos. O ideal é prezar pela comunicação escrita e, se necessário, utilizar ferramentas de apoio durante esses processos. Além disso, estimular canais de feedback abertos é uma estratégia inteligente para criar um contexto propício à expressão de necessidades e preocupações dos colaboradores com ou sem autismo.

Guia online e gratuito ensina e orienta empresas sobre diversidade e inclusão

Com o intuito de ajudar as instituições a pensarem estratégias internas e externas mais assertivas e contribuírem a partir dessas datas, trazendo ações e debates construtivos para a sociedade, a Plure lançou o Calendário da Diversidade 2024. O guia digital lista mais de 40 datas ligadas às mulheres e diversidade, fornecendo orientações sobre o que fazer em cada uma delas. “As empresas que desejam comemorar essas datas podem e devem fazê-lo de maneira genuína, comprometendo-se a melhorar as práticas internas e contribuindo efetivamente para a causa”, pontua Jhenyffer Coutinho, CEO da Plure.